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Apresentações de dança e teatro são destaque no segundo dia do 4º Festival de Arte do Ifal
A programação do segundo dia do 4º Festival de Arte do Instituto Federal de Alagoas (Ifal), nesta quinta-feira, 5, esteve centrada nas apresentações ligadas às artes cênicas. No palco do Centro de Convenções de Penedo, estudantes colocaram em cena talento e criatividade para engajar a plateia com a dança e desafiá-la a interpretar o mundo pelas lentes do teatro.
Na dança, as performances animaram o público e encantaram pela diversidade cultural. As apresentações, realizadas pelos campi Murici, Piranhas e Satuba, exploraram ritmos que transitam entre o tradicional e o contemporâneo. O Grupo Andanças, por exemplo, trouxe o espetáculo Ancestralidade, que exalta a cultura alagoana. Coordenado pela professora de Língua Portuguesa, Rafaela Peixoto, a iniciativa integra o projeto de extensão do Artifal, denominado Balé Folclórico do Ifal Murici.
Segundo a docente, o projeto surgiu este ano com a ideia de fazer uma conexão com a cultura popular, essencialmente a alagoana, através das danças folclóricas, folguedos e danças étnicas. “A gente mescla elementos de manifestações como o Bumba Meu Boi, Guerreiros Alagoanos, Pastoril, Capoeira, Fanfarras, Baianas e Coco de Roda”, detalhou, acrescentando que essa foi a primeira apresentação fora do Campus Murici.
O Grupo Andanças é formado por 25 integrantes, que, antes da construção das coreografias a serem levadas ao público, dedicam-se ao estudo das manifestações culturais alagoanas. “Não é só sobre dançar, é resgate, identidade, afirmação, conexão cultural. Então, buscamos envolver nesse processo atividades de conhecimento teórico e prático, como visitas técnicas e oficinas”, ressaltou Rafaela, que para desenvolver o projeto também conta com o apoio do professor de Arte, Fábio Sales.
Teatro: roteiros originais, adaptações e releituras
Ao longo dos turnos da manhã e da tarde, um total de oito peças teatrais foram encenadas por estudantes dos campi Batalha (Sertão ou Não Ser), Benedito Bentes (Lisbela e o Prisioneiro), Maragogi (Sonho de Uma Noite de Verão; Indigente é Tudo, Menos Nordeste!), Piranhas (Addams; Pedras e Tocos) e Satuba (Wakanda Sem Fronteiras; Morte e Vida: da Terra à Terra).
Dirigidas por professores ou pelos próprios alunos, as encenações trouxeram roteiros originais, adaptações e releituras de grandes obras da dramaturgia mundial, como é o caso de Sonho de Uma Noite de Verão, de William Shakespeare, e da literatura brasileira. Entre os destaques, estava uma adaptação do livro Morte e Vida Severina, escrito por João Cabral de Mello Neto e publicado na década de 1950.
A produção literária combina elementos de poesia e teatro, narrando a jornada de Severino, um retirante nordestino, em busca de melhores condições de vida. No Ifal Satuba, a história foi trabalhada em um projeto de ensino, por docentes das disciplinas de Língua Portuguesa e Geografia, dando origem à peça Morte e Vida: da Terra à Terra.
Conforme explicou o professor Peterson Barbosa, a iniciativa data de 2023 e rendeu uma apresentação única no próprio campus. “Decidimos compartilhar no festival, fazendo na verdade uma readaptação do trabalho, pois alguns alunos que participaram do projeto no ano passado já não estão mais no Ifal”, completou.
Protagonismo juvenil em cena
As apresentações teatrais ocupam parte significativa da programação do 4º Festival de Arte do Ifal. Os três dias de evento trazem esse tipo de arte cênica, cuja prática ensina os estudantes a trabalharem em grupo e a refletirem sobre questões que vão além da sala de aula, dentre outras habilidades e conhecimentos.
“Além de termos docentes de Arte com formação no Teatro, que naturalmente desenvolvem trabalhos nessa área, a presença marcante dessa expressão artística no Ifal também se deve ao fato de que os jovens gostam de representar. Eles se sentem atraídos por essa experiência de atuar. Então quando encontram um professor para orientá-los, ótimo. Quando não, eles vão dar seu jeito”, destacou o professor de Arte do Campus Rio Largo, Caio Ricardo, atual responsável pela recém-criada Coordenação de Arte e Cultura do Ifal, setor vinculado à Pró-reitoria de Extensão (Proex).
Programação
O segundo dia do festival no Centro de Convenções de Penedo contou ainda com apresentações musicais dos campi Piranhas, Satuba e Batalha. Esta sexta-feira, 6, será o último dia do evento e todas as atividades acontecerão nas dependências do Campus Penedo. A programação inclui exposição de artes visuais, oficinas literárias, leitura de poesias, exibição de curtas-metragens e documentários, além de mais apresentações teatrais e de música. CLIQUE AQUI para conferir.
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*Conteúdo editado em 09/12/24 para acréscimo de links de matérias relacionadas