Ifal é fonte de consultas da mídia em tempos de Conclave

 O mundo da religião católica apostólica romana entra na próxima quarta-feira (7) na expectativa de duas expressões simbólicas e tradicionais que representam a chegada de um  novo sumo pontífice: a fumaça branca da chaminé instalada  na capela Sistina e o anúncio oficial por intermédio da frase latina Habemus papa, na praça São Pedro, em Roma. O assunto ronda a imprensa brasileira desde que foi anunciada a morte do papa Francisco, no dia 21 de abril passado, com consultas a teólogos, filósofos e especialistas em religião  na busca de uma informação detalhada para transmissão aos leitores, espectadores e ouvintes.

O Instituto Federal de Alagoas tem sido uma das instituições de ensino procurada pela mídia nacional e um motivo que tem atraído a atenção de jornalistas é fato de o Ifal ser a única instituição da rede federal de educação profissional e tecnológica a oferecer a especialização em Ciências da Religião e Ensino Religioso, pós-graduação, instituída em 2024 e com uma turma em processo de formação.

“O Ifal nos permite refletir sobre o fenômeno religioso com autonomia e de forma  científica e a mídia conseguiu entender  esse detalhe. Daí a procura tem sido frequente desde a morte do papa Francisco”,declarou o coordenador Hugo Brandão. 

Com mestrado e doutorado em Ciências da Religião, o docente do Ifal concedeu três entrevistas  sobre  sucessão papal  na mídia nacional. A primeira foi divulgada no dia 26 de abril pelo site  Aventura na  História e nela, Hugo Brandão  explica o  histórico dos conclaves para escolha de papas. A segunda foi para a CBN de São Paulo no dia 27 do mês passado e  um dia depois, o professor  comentou sobre a tradição católica no SBT News.

Segundo o professor do Ifal até o século 11, a Igreja escolhia seus líderes das mais diversas maneiras, inclusive por indicações e votações. "Nos primeiros séculos do cristianismo, a eleição era realizada de forma mais aberta, com participação do clero local e, em alguns casos, até dos fiéis da comunidade romana.No entanto, conforme a Igreja cresceu e sua estrutura se tornou mais complexa, a necessidade de garantir estabilidade e evitar interferências externas levou à centralização do processo", complementa o especialista no tema”, comentou.

Brandão explica ainda que  as  diferenças ideológicas se manifestam claramente durante a eleição de um novo papa, pois, segundo ele,  o resultado determinará o tom do pontificado e as reformas que poderão ser implementadas ou barradas.

Sobre o curso

A  Especialização em Ciências da Religião e Ensino Religioso foi iniciada pelo Ifal no dia 31 de agosto do ano passado, após um concorrido processo de seleção. A pós-graduação em nível de lato sensu está vinculada ao Campus Benedito Bentes e é ofertada por meio da educação a distância. “A religião é a maior expressão cultural de um país e o estudo do fenômeno religioso que aqui é  transmitido visa atingir o professor de “chão de sala” (aquele que ensina a disciplina no dia a dia) e atingir o professor que faz proselitismo religioso, porque nosso objetivo é estudar as ciências da Religião e o ensino religioso”, afirmou.

O curso é ofertado em ensino a distância com 90% dos professores com mestrado e  doutorado e tem duração de 1 ano e meio.  Para saber mais acesse  a página  da especialização.