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Público da Bienal de Alagoas conhece mais dois projetos do Ifal Penedo na área da Química
Por Emerson Lima (estagiário de Jornalismo)*
Quem visitou o estande do Instituto Federal de Alagoas (Ifal) na 11ª Bienal Internacional do Livro de Alagoas, na tarde da última quinta-feira (6), pôde conhecer de perto os projetos “Construindo Talentos para as Olimpíadas de Química” e “Ciência, coisa de menina”, desenvolvidos pelo Campus Penedo.
Os trabalhos visam popularizar a ciência Química e foram apresentados no evento pelos estudantes bolsistas, sob a orientação da professora Elisangela da Costa Santos, que conta com a colaboração do professor Filipe Augusto de Jesus no trabalho de coordenação das atividades.
Entusiasta dos projetos, Elisangela explicou que o propósito é difundir a Química de uma forma diferenciada e, em especial, mostrar que lugar de menina também é na Ciência. Para seu colega docente, as iniciativas permitem às jovens do Baixo São Francisco, muitas vezes criadas em um ambiente com poucos acessos e muitas limitações, oportunidades de aprendizagem e desenvolvimento que não encontrariam em outros locais, outras instituições.
“Construindo Talentos para as Olimpíadas de Química”
O projeto, que está em sua segunda edição, foi apresentado na Bienal pelas bolsistas Fernanda Gomes Pereira e Letícia Tavares Pedrosa, além de Ibson Santana Santos. Aluna do curso técnico em Química integrado ao ensino médio, Fernanda se destacou na edição mais recente da Olimpíada Nacional de Ciências (ONC), com a conquista de medalha de prata.
A iniciativa recebe financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Alagoas (Fapeal), através do Programa de Iniciação Científica Júnior (Pibic Jr.). Desde meados de 2023, desenvolve atividades com foco no incentivo e na preparação de alunos do ensino médio para competições como a Olimpíada Brasileira de Química (OBQ) e a ONC. Para despertar esse interesse e aprimorar o aprendizado, a equipe utiliza como recurso jogos químicos, experimentos e imersão em conteúdos.
Para a Bienal, foram levados os jogos Uno Químico e Mistura Explosiva. O Uno, tradicional jogo de cartas, na versão do projeto, é adaptado com informações da tabela periódica. “O Uno Químico é um jogo muito legal porque aprendemos de forma didática, semelhante ao original, só que através dos períodos, grupos e número atômico dos elementos químicos. E quando jogamos, aprendemos sobre a tabela periódica, de uma forma bem didática”, destacou a estudante Fernanda.
Já o Mistura Explosiva ensina os perigos de se fazer combinações de produtos químicos em casa. O jogo mostra, de forma divertida, como esses procedimentos podem causar intoxicações, irritações na pele. Ou seja, brincando, as pessoas adquirem conhecimento básico para, por exemplo, produzir itens de limpeza sem risco de acidentes e perceber que a Química está no dia a dia. “Espero que ao sair daqui [da Bienal], cada pessoa que jogou leve consigo conhecimento sobre a tabela periódica e sobre o perigo de misturar produtos caseiros em casa sem saber o básico”, concluiu a bolsista.
“Ciência, coisa de menina”
De âmbito nacional, o projeto é financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig). Além de Alagoas, as atividades são desenvolvidas por outras equipes em mais quatro estados: Bahia (IFBA), Minas Gerais (Unifal), Rio Grande do Sul (UFRGS) e Santa Catarina (UFSC).
Atualmente, a equipe do Ifal Penedo conta com as alunas bolsistas Letícia Oliveira Veras, Maria Heloiza de Almeida Santos, Maria Natalia dos Santos, Lívia Nayara dos Santos, Maria Witórya Silva dos Santos e Camilly Vieira da Silva.
Para Maria Natália, expor o projeto pela primeira vez na Bienal, apesar de outras experiências de apresentação, foi muito especial. Na ocasião, destacou a importância da iniciativa para meninas e mulheres. “A gente tenta preparar elas para o mercado de trabalho, para que elas conheçam essa área, mas também para que elas se sintam à vontade nessa área”, finalizou a estudante.
(*) Sob a supervisão de Lidiane Neves
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