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Pesquisa aponta como o afundamento de solo afetou empreendimentos de bairros atingidos em Maceió
Investigação documental compõe um dos trabalhos de conclusão do curso de Especialização em Desenvolvimento Organizacional
Uma pesquisa realizada pela especialista em Desenvolvimento Organizacional, Rikartiany Cardoso concluiu que se torna urgente repensar o Plano Diretor da cidade de Maceió, depois o afundamento do solo em cinco bairros da capital alagoana, provocada pela mineração do sal-gema e que a discussão envolva as áreas impactadas das localidades, Pinheiro, Mutange, Bom Parto, Bebedouro e Frechais.O levantamento faz parte do trabalho de conclusão de curso, sob a orientação da professora, Carolina Brito. O curso de pós-graduação é ofertado pelo Campus Benedito Bentes do Ifal e tem duração de um ano e as aulas são ministradas por meio da EAD (Educação a Distância).
A investigação demonstra que quase 30 mil postos de trabalho foram afetados, diretamente, no bairro do Pinheiro, o que, segundo a autora, demonstra a dimensão catastrófica dos demais bairros, o que gerou desemprego e miséria. Adoecimento físico e mental e negação de direitos também fazem parte do panorama de afetações, a maioria de forma negativa. Se a totalização envolver os cinco bairros, o número de postos de trabalho atingidos chega a 60 mil. A situação, segundo a investigação, gerou um saldo negativo nas empresas dessas localidades. Somente no bairro Pinheiro, havia 2700 empresas, 2660 delas microempresas, 360 médias e 248 não identificadas, conforme dados da Junta Comercial de Alagoas.
Mapa de desocupação
De acordo com a Federação do Comércio de Alagoas (Fecomércio), entre janeiro e fevereiro de 2019, 95% dos comerciantes sofreram redução de receita em razão dos problemas ocasionados pelo afundamento do solo.Um dos exemplos citados na pesquisa é a do Hospital Sanatório, localizado no bairro do mesmo nome. O empreendimento hospitalar registrou um prejuízo de 80% no faturamento com queda de R$1,7 milhão mensal, além de registrar cancelamentos de planos de saúde.
A pesquisa de Rikartiany Cardoso teve como metodologia, a coleta de dados por meio de documentos, livros revistas, gravações, filmes e jornais.As fontes oficiais de informações consultadas foram: a Junta Comercial de Alagoas, a Secretaria de Estado do Planejamento, o Ministério Público do Trabalho, Fecomércio, IBGE, Cadastro Geral de Empregados, Sindicato dos Empregados do Comércio.
No trabalho de investigação científica, pesquisadores citados trazem um dado curioso, como o apontado por Fragoso ao afirmar que a empresa responsabilizada pelos danos ambientais dispõe de uma reserva de R$ 10 bilhões para arcar com indenizações, no entanto pode ser contemplada com uma área de 300 hectares e mais 3 quilômetros de orla, cuja valorização pode superar os R$ 40 bilhões em uma das melhores regiões da cidade de Maceió.
Especialização em Desenvolvimento Organizacional: inscrições abertas
A pós-graduação em nível de lato sensu é ofertada pelo Campus Benedito Bentes desde 2019 e está com inscrição para a terceira turma até o dia 2 de maio deste ano. O curso tem duração de um ano e as aulas são ministradas por meio da EAD (Educação a Distância). Segundo a coordenadora da especialização, a professora Ana Karla Cavalcante, os estudantes durante o curso de pós-graduação têm noções de organização de gestão de recursos humanos, de processos e de todo um desenvolvimento de uma organização. Um dos focos é unir o mercado de trabalho e os setores público, privado e o terceiro setor na solução de problemas e no desenvolvimento social econômico", declarou a coordenadora.
A docente afirma ainda que vários resultados práticos, por meio de artigos e de trabalho de conclusão de curso (TCC) têm contribuído na mudança de postura de relacionamento entre empresas, colaboradores e clientes.