Notícias
Estudantes recebem treinamento sobre como salvar vidas ao aplicar a compressão torácica
Ação da Assistência Estudantil do campus fez parte do Dia Mundial do Coração, lembrado no dia 29 do mês passado
Estudantes do curso técnico em Logística aprendem como realizar uma compressão torácica
O Brasil registrou até agosto deste ano, 260 mil infartos. Deste total, 30% dos casos resultaram em óbitos. Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia, 14 milhões de brasileiros têm alguma doença cardiovascular e, pelo menos, 400 mil morrem por ano em decorrência dessas enfermidades. O quadro assustador e que consta nas estatísticas oficiais pode ser revertido com soluções simples que podem contribuir para a redução significativa desta tragédia humana, por intermédio da compressão torácica, mais conhecida como massagem cardíaca aplicada por qualquer pessoa que venha a ter conhecimentos dessa técnica. O Campus Benedito Bentes do Instituto Federal de Alagoas (Ifal) faz sua parte e, por meio da área de saúde do Setor Assistência Estudantil realizou na tarde de segunda-feira (3) um treinamento com os estudantes do primeiro ano do curso técnico integrado ao ensino médio em Logística, cujo conteúdo constituiu-se de uma exposição apresentada pela enfermeira Marina Tenório Figo que representou no evento, as servidoras Alessandra Vieira e Sueli Bezerra Melo que compõem área da enfermagem no âmbito assistencial estudantil da unidade de ensino.
O treinamento envolveu cerca de 40 estudantes do curso e, antes do exercício das técnicas de massagem cardíaca, a profissional esclareceu alguns procedimentos necessários a qualquer pessoa disposta a salvar uma vida, antes da chegada do serviço de emergência. A atividade foi alusiva ao Dia Mundial do Coração,celebrado no dia 29 de setembro passado e foi transferida daquele dia para segunda-feira (3) por motivo do período de provas da turma. A data lembra a importância de conscientizar a população sobre a necessidade de se manter hábitos de vida saudáveis, de reduzir os fatores de riscos como, o sedentarismo, o colesterol alto, o controle da hipertensão arterial e do diabetes estes últimos, segundo Marina Figo que podem ser controlados com medicação, exercícios físicos, alimentação saudáveis. “Este é um evento que tem uma importância muito grande, não só no Brasil, mas também no mundo com este objetivo de cuidar do coração, de melhorar esses fatores de riscos e os hábitos de vida que podem ser modificados pelo indívíduos”, declarou a enfermeira.
O treinamento da população para a reação cardiopulmonar compreende a compressão torácica que vai manter o funcionamento do coração em um momento de uma parada cardíaca e fornecer o fluxo sanguíneo e oxigênio ao cérebro até a chegada do serviço de emergência.
Situações extra hospitalares
Por isso, a ação envolveu os estudantes do campus, porque, para a profissional da área de enfermagem “os dados mostram que, na maioria das vezes, essas paradas cardíacas vão acontecer no próprio domicílio e, você ter uma pessoa da família capaz de ensinar para uma outra pessoa que esteja na companhia dela a realização da compressão torácica, o mais precocemente possível, pode reduzir em até 50% o óbito em pessoa que tem uma parada cardíaca em situações extra hospitalares", explicou.
Durante os treinos constatou-se que a maioria dos estudantes nunca havia realizado o procedimento de massagem cardíaca, o que, ressalta Marina, gera uma insegurança, porque eles podem utilizar as mãos para salvar uma vida, mas não se sentem capazes de usar essa técnica. Um manequim foi utilizado durante o treinamento para que os participantes sentissem e conhecessem como comprimir um tórax e se transformarem em agentes de promoção de saúde ao ensinar familiares e colegas.
“O cérebro com três minutos sem oxigênio já é um indicativo de morte de neurônios. Então o quanto antes essa compressão torácica foi iniciada, de forma eficiente, melhor. Com o aluno conhecendo qual é a localização,as posição das mãos, quantas compressões devem ser realizadas em um minuto, qual a importância de se ter uma outra pessoa por perto. Então este foi o objetivo, ensiná-los a reconhecer a parada cardíaca que hoje, no protocolo da American Heart Association (Associação Americana do Coração) apenas se recomenda aos leigos (sem experiência) apenas a compressão torácica, bem feita, eficiente com uma frequência de, no mínimo de 100 compressões em um minuto”, enfatizou Marina Figo.
Na ação, utilizou-se algumas músicas que podem auxiliar no ritmo das compressões recomendadas pelo organismo internacional e os estudantes inseridos no treinamento participaram desta dinâmica.
O Setor de Saúde do campus pretende manter a iniciativa como uma ação de noções de primeiros socorros e, a próxima, em data a ser definida será a reanimação cardiopulmonar em crianças. “São iniciativas que podem treinar esses estudantes que estão cheios de energia e que poderão salvar vidas tanto em seus domicílios como em um ambiente extra hospitalar.