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Estudantes do Ifal Benedito Bentes se classificam para semifinal de Prêmio Global da Nasa
Jogo que busca alternativa para combater a fome no mundo chamou a atenção da Agência Espacial Americana
O mundo passa a conhecer o BioHarvest, um jogo que permite uma simulação agrícola realista,utilizando dados reais da Nasa para que os jogadores compreendam os desafios climáticos e desenvolvam soluções por meio da criação de suas próprias fazendas sustentáveis.A alternativa para solucionar o problema da fome no mundo foi desenvolvida pela equipe Vitalis, do Campus Benedito Bentes do Instituto Federal de Alagoas (Ifal) e que foi classificada para a etapa semifinal do Prêmio Global da Nasa, junto com mais 1.290 trabalhos indicados por equipes das mais diversas partes do globo terrestre. O resultado final será anunciado no dia 26 deste novembro, mas, somente por atingir essa marca, o clima é de comemoração entre os estudantes, orientados pela professora de Biologia, Jordana Rangelly.
A equipe Vitallis é composta pelos estudantes Ellis Regina Santos Tavares, Clarisse Vitória da Conceição Souza, Guilherme Teófilo da Silva Fonseca, Carlos Eduardo Santos da Silva e Kaio Breno Martins da Silva, todos do terceiro ano do ensino médio do curso técnico integrado em Logística. Os integrantes do grupo já haviam conquistado o primeiro lugar na etapa global, realizada em Maceió, do Nasa Space Apps Challenge (Desafio de Aplicativos Espaciais) - versão 2025, considerado o maior hackathon (maratona de inovação) do mundo, promovido pela Administração Nacional de Aeronáutica e Espaço dos Estados Unidos (Nasa). O desafio proposto trata-se do NASA Farm Navigators: Using NASA Data Exploration in Agriculture (Navegadores Agrícolas da NASA: utilizando a exploração de dados da NASA na agricultura).no qual tem como solução desenvolvida, um jogo educativo interativo que utiliza dados abertos da Nasa para simular cenários agrícolas e ensinar práticas sustentáveis, conectando tecnologia, ciência e educação ambiental.
“Estamos na semifinal do maior hackathon do mundo que abrange 167 países e territórios com quase 12 mil projetos inscritos todos em língua inglesa e esse crivo avaliado pela própria Nasa. Estamos ansiosos. O coração está batendo forte nessa torcida. Não imaginava chegar tão longe”, declarou Jordana Rangelly..
Para a docente, o BioHarvest não é um jogo qualquer. O aplicativo trabalha uma temática urgente que é a fome mundial.
“Nós desenvolvemos um jogo para que os alunos aprendam a plantar em diferentes biomas, já que a população mundial está crescendo tão, aceleradamente e a gente vai precisar de comida.E os dados da Nasa podem ajudar nessa situação, porque eles têm estudos de semente, de técnicas agrícolas em diferentes regiões e equipamentos”, ressaltou a professora.
O público do jogo são alunos, principalmente do ensino técnico agrícola e o potencial mercado visualizado são os quase 6 milhões de escolas ao redor do mundo.Cada estudante escolhe um bioma — Deserto, Taiga, Cerrado ou Floresta Tropical — e precisa tomar decisões estratégicas sobre sementes, energia renovável e tecnologias para manter sua plantação.
O projeto também sugere alinhamento direto com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, com a Environmental, Social and Governance - ESG (Ambiental, Social e Governança) que adota critério de sustentabilidade e responsabilidade social das empresas além da integração com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC).
Até 2050, o planeta Terra terá 10 bilhões de habitantes. Isso significa um aumento de 60% na demanda por alimentos, podendo causar 1,5 bilhão de mortes por fome . Nos últimos 50 anos, desastres climáticos em todo o mundo geraram perdas superiores a 4 trilhões de dólares afetando setores como a agricultura .