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Campus Benedito Bentes celebra seis anos com focos no ensino e na inclusão social
Unidade de ensino do Ifal na parte de Maceió adota como práticas a política de portas abertas para incluir as comunidades em suas ações
O Campus Avançado Benedito Bentes do Instituto Federal de Alagoas (Ifal) completa nesta sexta-feira (25) seis anos de atuação na parte alta da capital alagoana. É o segundo campus da instituição federal de ensino da capital alagoana e implantado em 2016 em cumprimento a uma antiga reivindicação da comunidade do bairro mais populoso do município.
A unidade de ensino oferta, atualmente, um curso técnico integrado em Logística e dois cursos técnicos subsequentes em Enfermagem e em Logística, além de duas pós-graduações, sendo uma especialização em Desenvolvimento organizacional e um mestrado em Educação Profissional e Tecnológica. Nos próximos anos, o campus deve ofertar o ensino superior, por intermédio do curso de Tecnologia em Logística.
A inauguração do campus ocorreu em 25 de novembro de 2016 em solenidade ocorrida no pátio da escola com a presença do então governador de Alagoas, Renan Filho, do então secretário estadual da Educação, Luciano Barbosa, da secretária de Educação Profissional e Tecnológica, Eline Neves Braga e representantes de entidades governamentais e não-governamentais, servidores e estudantes.
Histórico
A discussão em torno da implantação de um campus no bairro Benedito Bentes teve início durante o processo da expansão da rede federal de educação em 2007. O então reitor Roland Gonçalves, na ocasião, recebeu lideranças comunitárias da localidade com o intuito de serem contempladas com a unidade de ensino. A proposta chegou a ser levada ao Ministério da Educação, mas, por opção política, o ministério preferiu ampliar o processo de interiorização dos institutos federais, além de que a presença do centenário Campus Maceió pesou na decisão contrária.
O planejamento para a implantação de uma unidade de ensino do instituto, no bairro mais populoso de Maceió, com cerca de 150 mil habitantes, foi iniciado em 2015, quando o Governo do Estado cedeu ao Ifal uma escola modulada construída na comunidade. A transmissão do espaço ocorreu no primeiro semestre de 2016, quando as chaves do espaço educacional foram repassadas à Reitoria. As atividades letivas foram iniciadas em setembro daquele ano com a oferta dos cursos de Camareira em Meios de Hospedagem, Agente de Alimentação Escolar, Cuidador Infantil, Cuidador de Idoso, Auxiliar de Garçom, Pintor de Obras Imobiliárias, Garçom, Combates de Endemias, Higienista em Serviços de Saúde, Operador de Processamento de Frutas e Hortaliças, todos vinculados ao Pronatec (Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego). A unidade de ensino do Ifal também sediou o primeiro curso técnico para o público LGBTQ+, o primeiro do Brasil.
A unidade do Ifal está localizada em um espaço destinado a um complexo de cinco escolas públicas. O espaço cedido
tem 12.467 metros quadrados, sendo 91 metros de frente e 137 de fundo e dispõe de doze salas de aulas, dois laboratórios, salas de multimídia e de línguas estrangeiras, coordenação, secretaria, cozinha, salas dos professores, espaço de convivência, cozinha, um campo de futebol society e um ginásio de esportes coberto.
O campus é dirigido pelo professor Alexandre Bonfim e cerca de 60 servidores, entre técnicos administrativos e docentes integram o quadro funcional. Mais de 601 estudantes são atendidos pela unidade de ensino do Ifal, de acordo com a Plataforma Nilo Peçanha.
A unidade de ensino do Ifal na parte alta de Maceió tem como pontos de destaque, o relacionamento com as comunidades locais e a implantação de ações afirmativas, atividades que foram recorrentes neste ano. Projetos de ensino e de extensão são voltados para o atendimento à população do bairro e de localidades circunvizinhas, por intermédio de uma parceria do curso técnico em Enfermagem com o Centro de Referência de Assistência Social (Cras) do conjunto Selma Bandeira que, por meio de uma política de boa vizinhança proporciona a visita de crianças, adultos e idosos aos campus para serem atendidos com os serviços ofertados pelo campus.Entre essas ações benéficas podem ser citados o projeto Alvorada que promoveu a inclusão social e produtiva de pessoas egressas do sistema prisional, pela qual 20 alunos receberam certificação e ingressaram no mercado de trabalho o curso o curso de Microempreendedor Individual’. Inserido no programa Qualifica Mais Progredir, que busca a inclusão no mercado de trabalho e ampliação de renda do público assistido pela rede de proteção social, o curso já capacitou cerca de 200 pessoas, proporcionando, assim, a inclusão ao microempreendedorismo e à geração de renda.