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Caderno sobre temática sistema prisional na sala de aula é mais uma defesa PE no ProfEPT/iFAL
De autoria do mestre Rafael Félix, pesquisa leva discussão sobre ambiente carcerário à sala de aula do ensino médio integrado do Ifal
Capa do Caderno Reflexivo sobre o sistema prisional discutido em sala de aula
Um Caderno Reflexivo em torno do debate sobre o sistema prisional nos livros didáticos e salas de aula do componente curricular de Sociologia no Instituto Federal de Alagoas foi apresentado como 26º produto educacional (PE do programa de mestrado em Educação Profissional e Tecnológica ofertado no Campus Benedito Bentes. O autor da pesquisa é o mestre Rafael Félix Leite, da turma 2018 do ProfEPT/Ifal. A pesquisa, defendida no dia 23 de agosto passado, foi realizada no Campus Maceió, a partir da proposição de material paradidático destinado ao ensino técnico integrado ligado ao conteúdo programático .
Para Rafael, o trabalho visa ainda ampliar o conhecimento sobre o sistema prisional e as formas de trabalho na sociedade contemporânea, por meio do reconhecimento do trabalho prisional. O material gráfico, que consiste de um caderno reflexivo, propõe-se a colaborar com a superação de estigmas e preconceitos que incidem sobre a naturalização de desigualdades vivenciadas pela população carcerária..
“Foram aplicados questionários a dez professores de Sociologia dos diversos campi do Ifal. Cinco professores do Campus Maceió foram entrevistados e doze estudantes do curso de Estradas dessa mesma unidade responderam os questionários. A partir da análise dos dados, avaliou-se que a discussão sobre o sistema prisional possibilita espaços reflexivos que representam um esforço na superação da desigualdade.
O produto educacional tem como título Crime, sistema prisional e trabalho prisional e teve a orientação da professora Beatriz Medeiros de Melo. A banca examinadora foi composta por. Elaine Cristina Pimentel Costa (UFAL), Ricardo Jorge de Sousa Cavalcanti (ProfEPT/IFAL) e. Rossana Viana Gaia (ProfEPT/IFAL).
Como resultados dos questionários aplicados a docentes, concluiu-se que a superlotação, o racismo, a pobreza, a falta de celeridade nos processos, dificuldade de acesso à educação e a falta de higiene no sistema prisional são os problemas vinculados ao sistema prisional. O foco da pesquisa nunca foi discutido e estudado por 83% dos alunos entrevistados.
Entre as considerações feitas por Rafael Leite, depois do processo investigativo, foram as de que o trabalho contribui como investimento que se justifica pela concepção de educação adotada e defendida, a possibilidade de contribuir com o debate junto à sociedade e de auxiliar para que o ambiente penitenciário se torne menos nocivo.