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Mocitepial: conheça quatro projetos do Ifal Arapiraca que se destacaram nas premiações

Mostra foi realizada na escola Epial e reuniu dezenas de projetos de estudantes de escolas públicas em Arapiraca

por Elaine Rodrigues publicado: 21/11/2018 18h42, última modificação: 21/11/2018 18h47

A Pesquisa vem trazendo bons resultados ao Ifal Arapiraca. Na Mostra Científica e Tecnológica da Escola Epial, Mocitepial, os nove projetos do campus apresentados no evento foram premiados. Dois deles ficaram na primeira colocação das categorias e outros dois foram credenciados para eventos internacionais.

Você vai conhecer agora um pouco desses projetos!

Incidência de suicídio em Arapiraca: uma alternativa tecnológica para a prevenção

O orientador da pesquisa, professor Geraldo Ramires de Lima Júnior, conta que o projeto está em andamento há mais de um ano. A pesquisa começou com outros dois estudantes e agora recebe o reforço de Igor Silva de Oliveira e Mylena Ribeiro Duarte.

O projeto começa quando a gente analisa que Arapiraca tem um alto índice de suicídio, uma vez que ela está três vezes maior que a média nacional. E aí, começamos a traçar um perfil epidemiológico para saber onde os casos estão acontecendo e com quem mais estão acontecendo”, explica Igor.

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O professor lembra que a primeira parte da pesquisa foi uma visita a escolas, para saber quem já teve a intenção de cometer suicídio. “A gente visitou mais de dez unidades no município. E essa segunda parte agora é justamente pegar os dados reais, quem perdeu a vida por conta do suicídio e quem está registrado como tentativa de suicídio. Estamos fazendo essa catalogação e o trabalho com as equipes que atuam na unidade de emergência para saber qual o caminho que elas indicam para a prevenção”. Depois desta etapa, vem a criação de um site com as informações e uma ligação com o Centro de Valorização da Vida.

Nós acreditamos que tornar a população informada é realmente importante porque só dessa forma ela vai pensar em novas alternativas. Então, a nossa iniciativa é essa, fazer com que os índices de suicídio baixem e que isso deixe de ser um tabu para que as pessoas saibam onde e a quem procurar ajuda”, reforça Mylena.

O projeto ficou na segunda colocação da categoria de Ciências Humanas e conquistou a credencial para o evento de Ciência da Universidade do Minho, em Portugal.

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Análise das instalações elétricas prediais quanto à proteção básica contra choques elétricos em residências da zona rural de Arapiraca

A estudante Ana Beatriz Catonio de Vasconcelos explica que o objetivo do projeto é analisar as instalações elétricas de residências da zona rural de Arapiraca. “A gente desenvolveu este projeto porque vimos que estava tendo uma ocorrência muito grande de choques e acidentes elétricos. Quando a gente começou a pesquisar sobre isso, vimos que a causa foi um atraso que a zona rural teve em relação à zona urbana. A eletricidade chegou primeiro na zona urbana, para depois chegar na zona rural. E isso trouxe várias conseqüências, que provocaram muitos acidentes”, relata a estudante.

O projeto também tem a participação da estudante Joyse Vitória Pascoal dos Santos e é orientado pelo professor Augusto César Lúcio de Oliveira.

Entre os resultados obtidos, foi concluído que os erros nas instalações elétricas são resultantes de fatores socioeconômicos e da falta de preocupação da população. “As pessoas procuram uma instalação que funcione, que seja barata, e abrem mão da proteção. Então, ocorrem muitos acidentes e choques elétricos”, conta Ana.

O projeto foi o terceiro colocado na categoria Engenharia e conquistou o credenciamento para o London International Youth Science Forum, em Londres. Ana conta como se sente em relação ao evento: “estou muito ansiosa, não era algo que a gente esperava, mas vamos dar o nosso melhor”.

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Análise de padrões físico-químicos e microbiológicos da água de cacimbas destinadas ao consumo dos moradores da cidade de Arapiraca

O projeto analisa as cacimbas da zona rural e da zona urbana de Arapiraca, destinadas ao consumo humano, de acordo com os padrões físico-químicos e microbiológicos. A pesquisa é feita pela estudante Natanielly de Oliveira, com a orientação do professor Fred Nogueira.

O resultado mostra que tanto as cacimbas da zona rural, como as da zona urbana estão impróprias para o consumo humano. Então, essa água deveria ser tratada. Mas como não há nenhum órgão, nenhuma legislação que trate essa água ou mesmo analise ela, a gente recomenda que a população ferva essa água, que assim ela vai matar os agentes patógenos, e use o que é disponibilizado nos postos de saúde, que é o hipoclorito de sódio. Essa água não vai ficar 100%, mas estará muito melhor do que se não houver esse tratamento”, explica Natanielly.

O projeto começou com a análise na zona rural, depois seguiu para a zona urbana. Primeiro em relação aos padrões físico-químicos e depois aos microbiológicos. A próxima etapa é a pesquisa dos índices de nitritos e nitratos.

A gente tem como perspectiva futura tentar voltar pelo menos nas escolas dos bairros em que o projeto foi feito para tentar levar essas medidas para o tratamento da água. São medidas bem simples, como ferver a água e usar o hipoclorito que é dado gratuitamente, e a população não faz isso, às vezes, por falta de conhecimento”, conta a estudante.

O projeto ficou com a primeira colocação na categoria Exatas e foi credenciado para Infomatrix, evento a ser realizado em Santa Catarina.

Premiação9.jpegCriação de uma ferramenta para diagnóstico e controle de recursos energéticos

O projeto foi iniciado há três meses, mas já conquistou o primeiro lugar na categoria Engenharia e foi credenciado para a Feira Mineira de Iniciação Científica, em Minas Gerais. O objetivo do trabalho é fazer um controle para conscientizar todos do Instituto Federal de Alagoas, campus Arapiraca, sobre os gastos excessivos de energia, água, papel e resíduos. “Essa ideia foi se aperfeiçoando e também queremos fazer um sistema para disponibilizá-lo a outras instituições, para outras escolas”, conta a estudante Carmem Verônica.

A outra integrante do projeto é a estudante Júlia Beatriz. E o trabalho tem a orientação do professor Augusto César Lúcio de Oliveira. O grupo pretende divulgar o projeto em outras instituições para ajudar na conscientização e na redução dos gastos. Para facilitar o processo, um programa vai reunir as informações. “É um sistema na linguagem HTML, básico, por enquanto. O que a gente percebeu é que o custo elevado causa espanto e, com esse espanto, a gente vem conseguindo a conscientização para que, se a pessoa encontrar uma luz acesa, apagar ou se encontrar uma sala com ar condicionado ligado, desligar o aparelho. Enfim, coisas que promovam realmente a sustentabilidade e beneficiem a instituição”, explica Júlia.

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