Ifal arrasta primeiras colocações em Prêmio Sebrae de Educação Empreendedora

O Instituto Federal de Alagoas (Ifal) foi o grande vencedor deste ano, na etapa estadual do Prêmio Sebrae de Educação Empreendedora, que tem o objetivo de reconhecer o trabalho de professores brasileiros que tenham implementado práticas, cursos e projetos na área. Na solenidade de premiação, realizada nesta quinta-feira (2), o Ifal dominou as primeiras colocações, com um ouro na categoria Ensino Superior e todas as três posições do pódio, na categoria Educação Profissional.

Na dianteira da Educação Profissional, estava o Projeto de Ensino "Minha Vida é um Negócio" implantado pelo Curso Técnico Integrado em Administração, do Campus Santana do Ipanema, durante a pandemia. Ele foi iniciado durante o período de ensino remoto, com a proposta de criar uma alternativa para capacitar, qualificar e fomentar as capacidades empreendedoras dos estudantes da unidade.

“Na proposta, os estudantes são convidados a se autoconhecer e identificar suas potencialidades e fragilidades. Em seguida, são orientados para a construção de um Projeto de Vida que contemple o desenho de sua carreira e trajetória profissional desejada. Na sequência, os estudantes são divididos em equipes que formam empresas simuladas”, explica o professor Jacques Fernandes, que coordenou uma equipe composta pelos docentes do Campus, Anna Sofia, Madiã Fernandes, Fátima Lira, Bruno Silvestre e Gustavo Paiva.

Com a ação, os alunos puderam colocar em prática em suas empresas simuladas as trinta características empreendedoras. Além disso, a proposta acabou auxiliando os professores do curso de Administração a manterem os estudantes firmes durante o ensino remoto.

“A proposta acaba ajudando no despertar empresarial e orienta diretamente os estudantes, que já são maiores de idade, à implantação e formalização da sua empresa. Vários talentos já forma revelados pelo projeto, que também colaborou com as famílias dos estudantes que perderam o emprego, e a renda, por conta da pandemia”, acrescenta Jaques.

Esta é a segunda vez que o Campus Santana do Ipanema é premiado nesta categoria. Em 2019 a unidade também recebeu ouro e abriu caminho para o reconhecimento de práticas de educação empreendedora do Ifal.

O Campus Batalha completou o pódio com as medalhas de prata e bronze, respectivamente dos projetos “Estratégias para o Renascimento de Estabelecimentos Produtores/Distribuídos de Alimentos no Sertão Alagoana pandemia causada pela Covid-19”, e o “Canudo Biodegradável a partir da cera de Abelha”, ambos orientados pela professora Danielle Martins.

A docente explica que o canudo foi desenvolvido em 2019 por duas estudantes do Curso de Agroindústria para a 5ª Mostra Multidisciplinar do Campus e está em processo de patenteamento. Já o primeiro do selecionado pelo Programa IF Mais Empreendedor e está sendo realizado ao longo deste ano. "Ele foi desenvolvido pensando em ajudar empreendedores locais. Os projetos visam tornar os alunos protagonistas das ações", resume Danielle, que comemora os resultados de sua primeira participação no prêmio.

Rodada Shark Tank conquista a primeira colocação para Palmeira

Se na categoria Educação Profissional o Campus Santana irá representar do estado de Alagoas na etapa Nacional da Premiação, além de ter direito a bolsa integral para o MBA EAD em Educação Empreendedora 5.0 da Escola Superior de Empreendedorismo (360h), na categoria Ensino Superior, será o Campus Palmeira dos Índios que terá os mesmos privilégios, pois o projeto da unidade “Empreendendo de forma ativa: Shark Tank”,também conquistou a primeira colocação.

Esta iniciativa é parte da disciplina de Empreendedorismo e Inovação, ofertado pelo curso de Engenharia Civil, do Campus Palmeira. Ela inspirada em um game show norte-americano homônimo que mostra empreendedores apresentando as suas ideias de negócio a potenciais investidores, com o intuito de obter financiamento.

À frente do projeto, a docente Sheyla Marques disse que a iniciativa visa oportunizar o desenvolvimento de habilidades e competências entre os estudantes, como a autonomia, capacidade de adaptação a novas situações e criação de soluções para diversos problemas.

Em entrevista para o Portal do Ifal, em abril passado. Sheyla comentou que o jogo atende ao perfil de aprendizagem do aluno da Engenharia Civil, que geralmente se dá melhor com “a mão na massa”.

“Na disciplina de Empreendedorismo e Inovação, sempre trabalho com metodologias ativas, buscando a construção do conhecimento por meio de ações práticas. Ao longo da disciplina, eles precisam elaborar o plano de negócios, uma ideia para solucionar problemas que eles visualizam na construção civil. Cada tópico do plano é discutido nas apresentações de cada etapa, a avaliação é processual e focada na construção do conhecimento”, pontuou.

Para a docente, o reconhecimento desse trabalho é fruto do empenho dos estudantes.  “Nada disso teria acontecido se não fosse o engajamento dos meus alunos. Esse resultado é fruto do trabalho deles. Eles que abraçam a ideia de fazer metodologias ativas e desenvolver os projetos e entregaram excelentes resultados”, pontuou Sheyla.