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Servidores recebem treinamento sobre o controle eletrônico de frequência

por Adriana Cirqueira publicado: 09/02/2017 23h17, última modificação: 16/10/2023 10h58


Em decorrência da implementação do Sistema eletrônico de registro de frequência, ou ponto eletrônico, através do Sistema Integrado de Gestão de Recursos Humanos (SIGRH) , que passou a vigorar em 01 de fevereiro, a Direção de Recursos Humanos (DGP) do Instituto Federal de Alagoas (Ifal) está realizando treinamentos em todos os campi da instituição.

Na manhã desta quinta-feira (09), em dois momentos, as 9 horas e as 10h30, na sala 14 do bloco de laboratórios do Ifal Campus Satuba, os técnicos administrativos em educação (TAE) e os docentes, respectivamente, puderam assistir a apresentação feita pelo técnico da empresa responsável pelo desenvolvimento do sistema, que veio ao campus acompanhado pelo Diretor de Gestão de Pessoas, Wagner Fonseca, e por Rogério Fragoso, coordenador do Departamento de Sistemas de Informação do instituto.

Além dos detalhes técnicos sobre a operacionalização do ponto eletrônico, os servidores puderam dirimir algumas dúvidas com Wagner sobre aspectos relativos à questões mais específicas sobre outros desdobramentos do sistema do ponto eletrônico e a flexibilização da carga horária em alguns setores. "Visitaremos todos os campi do instituto levando esse treinamento para que possamos conversar de maneira mais próxima e esclarecer os servidores sobre o sistema do ponto eletrônico. O Campus Satuba é o segundo a receber o treinamento", explica Wagner..

Marcelo Barros Lima Verde, professor de Segurança do Trabalhos considera importante os esclarecimentos prestados e concorda com o controle de frequência. "Isso não vai mudar muita coisa na minha rotina e também não é novidade para mim pois na instituição onde trabalhei antes de vir para o Ifal havia esse tipo de procedimento. Minha preocupação é com a questão técnica: a forma de funcionamento do sistema, seus possíveis problemas e suas consequências", analisa o professor, que também é Coordenador de Pesquisa e Inovação do campus.

Já o professor de sociologia, Gabriel Magalhães acredita que esse tipo sistema de controle de frequência não é o mais eficiente, além de ser inadequado à atividade docente. "Temos diversas atividades desenvolvidas fora de sala de aula e até fora do campus. Essa necessidade de estar fisicamente na instituição para registro gera complicações e dificulta os trabalhos de pesquisa e extensão", argumenta o professor. Gabriel, que também é diretor do sindicato da categoria, informou ainda que o órgão sindical decidiu judicializar a questão por entender que o sistema escolhido apresenta falhas técnicas e que a atual estrutura do Ifal não comporta esse tipo de controle. "Ainda que politicamente eu não concorde com o ponto eletrônico, não sou contra o controle de frequência e sim contra os mecanismos escolhidos para fazê-lo", afirma.


O ponto eletrônico e a flexibilização

Felipe Félix, assistente em administração, declarou estar insatisfeito não com o ponto eletrônico especificamente, mas com o que considera uma falta de isonomia na questão da flexibilização da carga horária. "Dentro da mesma categoria, por eu não fazer parte de determinados setores, conforme critérios estabelecidos pela Reitoria, serei forçado a permanecer na instituição três horas a mais por dia em relação a outros colegas. Isso não gera motivação para a realização das atividades funcionais nem para permanência na diretoria de administração, onde estou lotado", defabafa o servidor, afirmando que faz parte de uma minoria que não teve a jornada de trabalho flexibilizada no campus

A servidora Laudenice de Araujo Matias, diretora de administração do campus, precisa lidar com a insatisfação gerada em seu setor. "Enquanto servidora penso que a administração pública não seria prejudicada se os servidores de um modo geral trabalhassem 6 horas diárias - com isso teríamos maior eficiência e maior qualidade de vida. Não acredito que duas horas garantam maior produtividade", analisa. "Entendo que a instituição é composta pelo ensino e administração - ambos com um mesmo objetivo: formar cidadãos oferecendo educação de qualidade. Então, como concordar com essa portaria de flexibilização de carga horária? Como administrar uma insatisfação generalizada dos colegas de trabalho? Como aceitar que alguns ambientes fazem jus a flexibilização e outros não?", questiona Laudenice, que espera uma breve resolução na disparidade de carga horária.