Você está aqui: Página Inicial > Campus > Satuba > Notícias > Sábado letivo do Ifal Satuba promove educação antirracista e valorização da cultura afro-brasileira
conteúdo

Notícias

Sábado letivo do Ifal Satuba promove educação antirracista e valorização da cultura afro-brasileira

Evento foi organizado pelo Neabi e por docentes das áreas de Linguagens e Humanas
por Adriana Cirqueira publicado: 30/11/2023 10h20, última modificação: 30/11/2023 10h59
Desfile Afro

Desfile Afro

Por Adriana Cirqueira e Lívia Muniz

Dentro das atividades relativas ao Novembro Negro, ocorreu no último sábado (25), o “VII Baobá Cultura e Resistência”. O sábado letivo temático, organizado pelo Núcleo de Estudos Afro-brasileiro e Indígena (Neabi) do Instituto Federal de Alagoas - Campus Satuba e por docentes das áreas de Linguagens e Humanas, teve como tema: “Educação antirracista na prática: valorização da história e cultura afro-brasileira no ambiente escolar”.

O evento teve como mestre de cerimônias a servidora e membra do Neabi, Francine Lopes, que de deu um tom diferenciado ao momento de abertura e à primeira parte da programação,  ocorridos no auditório do campus. Compuseram a mesa de abertura a diretora-geral do Campus Satuba, Uilliane Faustino; a coordenadora do Neabi Satuba,  Adriana Cirqueira; a vice-coordenadora do Neabi Satuba, Jaqueline Lima; o professor Roberval Santos, representando os docentes da área de Humanas; a professora Ana Galdino, representando os docentes da área de Linguagens e a estudante Maria Luiza Santos, do curso de Agropecuária e monitora do Neabi Satuba, como representatividade discente.

Com uma programação abrangente e fruto de pesquisa e muito trabalho colaborativo, o evento  envolveu a comunidade acadêmica em apresentações culturais de música, dança e performances, desfile Afro no auditório e, nas salas de aula, exposições temáticas sobre literatura, história, arte, música, dança e culinária afro-brasileiras entre outros temas, com foco nas discussões sobre reconhecimento, valorização e protagonismo negro no mundo, no Brasil e em Alagoas. 

A ação multidisciplinar teve como objetivo estimular reflexões críticas sobre as questões étnico-raciais, com o compromisso de contribuir para um ambiente escolar antirracista e fortalecer a identidade e o protagonismo estudantil.  

Cinco avaliadores/as visitaram as exposições das 18 turmas, sendo melhor avaliado o trabalho apresentado pela turma do 2º ano A do curso de Agroindústria, que realizou a exposição  “Cinema e teatro negro”. Raissa Vieira, estudante  do 2º AA afirmou "que a turma ficou muito feliz com o resultado, fruto do empenho de todos/as para mostrar como a história do cinema e teatro negro é rica". O trabalho envolveu a seleção de filmes, atrizes, atores e diretores que se destacaram na contribuição ao cinema. Além de uma breve encenação de uma peça teatral retratando  uma situação de racismo no dia a dia.

As turmas apresentaram trabalhos bem elaborados sendo que dez delas tiveram notas superiores a 9,0. Houve empate tanto no segundo quanto no terceiro lugar: as turmas do 3º A e 3º C  e as turmas 1º AB e 1º C, respectivamente. 

A equipe do Neabi agradeceu o empenho de todos/as para que o evento fosse realizado de maneira exitosa. Jaqueline falou sobre as atividades desenvolvidas pelo Neabi no campus, que vão muito além do Novembro Negro, com monitoria, projeto de pesquisa e de extensão. "A educação antirracista deve ser praticada diariamente no ambiente escolar, esse tem sido o papel desenvolvido pelo Neabi. O sábado letivo foi uma ação que envolveu todos os estudantes do médio integrado e demonstrou como o alunado tem uma grande capacidade de expressar conhecimentos de forma criativa", finalizou.

Adriana pontuou  que o VII Baobá foi mais uma construção coletiva que,  além de valorizar a contribuição histórica africana na formação cultural do Brasil, coloca em evidência o trabalho colaborativo, a pesquisa e o envolvimento do corpo discente na atividade.   “Temos um ambiente propicio à promoção de uma educação antirracista pois contamos com servidores e servidoras comprometidos/as, mas ainda precisamos observar nossas práticas cotidianas pararealmente implementarmos um combate ativo de toda e qualquer expressão de preconceito e intolerância em nosso campus", explicou Adriana, lembrando que o Baobá surgiu com o trabalho pioneiro de Tamara Lucia, antes mesmo da institucionalização dos Neabis no Ifal.

As monitoras e o monitor no Neabi participaram da construção de todas as atividades do Novembro Negro e das diferentes fases do VII Baobá, desde a escolha da programação, temáticas, divulgação até o apoio e cobertura fotográfica do evento.

 

Temas das exposições

1º A - Mídia e narrativas Afro-brasileiras: estereótipos e identidades positivas;

1º B - Literatura e arte Afro-brasileira;

1° C - Resistência e Empoderamento de jovens negros/as;

1º D - Liderança e Ativismo Negro no Brasil;

1º E - Contribuições Científicas e Tecnológicas dos/as negros/as;

1º AA - Música e dança Afro-brasileiras;

1º AB - Culinária Afro-brasileira;

2° A - Racismo estrutural;

2°B - Protagonismo negro em Alagoas;

2° C - Mulheres negras na história brasileira;

2° D - Revoltas e levantes negros no Brasil;

2° AA - Cinema e teatro negro;

2° AB - Religiões de Matriz Africana e Intolerância religiosa;

3° A - Quilombos Urbanos no Brasil e Comunidades Quilombolas em Alagoas;

3°B - O papel dos/as atletas negros/as no combate ao racismo;

3° C - Reconhecimento e valorização da estética negra;

3º AA - Representatividade da mulher negra na Política Brasileira;

3º AB - Povos Africanos: lorubás, Bantos

 

 Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas (Neabi)
☎️ Telefone: (82) 2126-6532
📧 E-mail: 📱 Instagram: @baobaifalsatuba

Saiba mais sobre o Neabi