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Professores de química do Ifal Satuba ensinam a produzir perfumes em laboratório

Projeto permitiu trabalhar com fragrâncias de perfumes importados, que geralmente são inacessíveis devido a seu custo elevado
publicado: 14/09/2023 13h05, última modificação: 17/10/2023 14h28

Lívia Muniz - estagiária de jornalismo 

"A  ideia inicial era inovar nossas aulas práticas” explicou a professora de química Josiane Luna. Ela e os professores Cícero Costa e Antônio Carlos começaram a ensinar a produção de perfumes para estudantes de ensino médio do  Instituto Federal de Alagoas - Campus Satuba.

“Nós começamos com a produção de sabão ecológico nas turmas do médio. Posteriormente, o que começou nas aulas práticas de química veio a se tornar um projeto de extensão” explicou Cícero. O projeto “Detergente e sabão ecológicos” reutiliza o óleo de cozinha na produção de sabão, dando outra finalidade ao insumo que seria descartado de forma errada na natureza. Atualmente o projeto conta com a participação de duas bolsistas de extensão, orientadas pelos três docentes. 

Mas as experimentações não pararam por aí. O laboratório de química agora também é local de produção de perfumes com  fragrâncias variadas.  Os professores utilizam essências de perfumes importados e outras substâncias químicas, como o álcool de cereal, propilenoglicol e o fixador, usado para reduzir a velocidade de evaporação da essência.   

A ideia era trabalhar com fragrâncias de perfumes importados que geralmente são inacessíveis devido a seu custo elevado. “Nós optamos por não trazer essências de perfumes nacionais pois queríamos trabalhar com fragrâncias de perfumes mais caros, justamente para torná-los acessíveis.” explicou Cícero. O perfume fica pronto em cerca de quinze dias, tempo que leva para os insumos reagirem, longe da luz e do calor. Tudo é manuseado com cuidado. 

Os docentes compartilharam os planos futuros de produção. A expectativa é criar uma fragrância própria, mas a pesquisa ainda está nos passos iniciais. “Iremos fazer um estudo das essências bases que iremos utilizar. Esse estudo vai envolver uma pesquisa teórica e depois uma experimentação prática para determinar as formulações”, explicou Josiane.