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Opressão, assédio e resistência pautam as discussões do dia 8 no Campus Satuba
Com o tema “Sociedade e Violência: Origens da opressão contra a mulher”, a palestra de abertura do evento que marca a passagem do Dia Internacional da Mulher no Instituto Federal de Alagoas Campus Satuba apresentará aos participantes o viés de toda a programação. Com temas atuais, em uma abordagem crítica e plural, os organizadores buscam tornar a discussão do dia 8 de março mais próxima da realidade do jovem e heterogêneo corpo discente sem abrir mão do caráter formador e de tomada de consciência que a temática requer.
Serão palestras, mesas temáticas, debates, apresentações culturais, exibição de filmes entre outras atividades – todas tendo a mulher como tema e mulheres como facilitadoras. Professoras, psicólogas, sociólogas, pedagogas, assistentes sociais e representantes de movimentos sociais farão do Campus Satuba um efervescente caldeirão de discussões bem fundamentadas capazes de ampliar o entendimento dos ouvintes e gerar a reflexão que o tema exige. As apresentações culturais estão sendo organizadas pelos estudantes.
A programação foi pensada de forma a atingir todas as turmas e cursos do campus: no horário da manhã participarão das atividades os alunos dos primeiros anos dos cursos de Agropecuária e de Agroindústria, dos CTA 1 e 2 e do Curso Superior de Tecnologia em Laticínios. No período vespertino a programação será destinada aos estudantes dos segundos e terceiros anos dos cursos de Agropecuária e de Agroindústria e dos CTA 3 e 4. A programação noturna envolverá os alunos do Proeja.
Para melhor envolver o alunado na programação, os professores se dividiram e tutelaram cada um uma turma, orientando atividades e apoiando iniciativas dos alunos. Gabriel Magalhães Beltrão, professor de Sociologia do campus, está acompanhando o 3º ano A de Agropecuária. A turma está trabalhando em duas atividades: uma apresentação teatral em alusão a violência contra a mulher e a confecção de cartazes sobre a mesma temática. “A data do dia 8 de Março representa a memória das lutas feministas e a reflexão sobre os problemas oriundos do patriarcalismo no mundo atual. O envolvimento dos alunos é essencial a fim de criarmos cidadãos conscientes da problemática e agentes de mudança”, analisa o professor.
As atividades desenvolvidas pelo 3º ano A envolvem todos os alunos. Maria Beatriz da Silva, 18 anos, é uma das estudantes responsáveis pela preparação da apresentação teatral. "Estamos trabalhando em uma peça sobre assédio, violência verbal e violência física. Queremos evidenciar o perfil do homem agressor e a visão deturpada que muitos homens tem sobre a mulher", explica a estudante. Para o aluno, Guilherme Barbosa, 18 anos, a peça é uma atividade que procura mostrar que o dia 8 é um dia de luta. "Se não fosse a luta organizada de mulheres por sua libertação, para exigir seus direitos e contra todo tipo de violência que sofrem por ser mulher, não haveria nenhuma conquista a ser celebrada", afirmou.