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O protagonismo feminino na construção de uma nova realidade

Para as mulheres envolvidas na preparação do evento esse 8 de março é apenas o começo

por Adriana Cirqueira publicado: 07/03/2018 11h51, última modificação: 16/10/2023 10h58

O tema para o Dia Internacional da Mulher deste ano é “O tempo é agora: ativistas rurais e urbanas transformam a vida das mulheres”. Em consonância com a temática escolhida pela ONU, as atividades desenvolvidas para xs alunxs do Campus Satuba buscam apresentar as origens da opressão e conscientizar xs participantes sobre a importância da resistência e do empoderamento. 

Atuando há 22 anos como psicóloga do campus, Ana Leal afirma que muita coisa mudou, mas salienta que ainda falta muito para que realmente exista equilíbrio nas relações de gênero. “Quando cheguei aqui, em 1994, tínhamos, em média, uma ou duas alunas por turma. Hoje elas são 40%”, lembra a psicóloga. Ana complementa que a realidade foi mudando e as garotas foram ingressando na instituição e demonstrando seu valor como estudantes e como profissionais.

A programação para o Dia Internacional da Mulher surgiu de uma preocupação de Ana compartilhada com alguns docentes. Segundo Ana, o que era uma ideia despretensiosa para uma palestra, com a ação dos demais colegas se transformou em um evento grande que discutirá a situação da mulher na sociedade, seus problemas e desafios. “Nossas jovens serão as mulheres de amanhã, então temos que conscientizá-las e empoderá-las quanto a importância do respeito e da igualdade, tão necessárias na sociedade atual. Sinto-me também muito feliz por participar dessa Comissão Organizadora, fruto de um trabalho coletivo que uniu diversos colegas de trabalho de todos os segmentos da comunidade: discentes, docentes e técnicos-administrativos”, finaliza Ana.

Para Rhayssa Ursulino, estudante de 17 anos do 1° ano D, a ação conscientizadora de professores e professoras do campus foi fundamental em sua tomada de consciência sobre a situação de opressão em que vivem muitas mulheres. A turma está trabalhando em um jogral com a letra da canção “Violência Sexual”, de Manu Silva. “Aqui no Ifal comecei a enxergar coisas que não via antes: coisas que via e sentia mas não identificava como assédio ou opressão; coisas que me prejudicavam sem que eu percebesse”, analisa a estudante, que incentivada pela preparação desse "dia 8", pretende formar um grupo de jovens para aprofundar a discussão de gênero no campus. 

A estudante do 1º ano C, Maria Sara Rocha da Silva, 16 anos, relata que a turma inteira está empenhada na atividade do dia 8. “Todos participaram dando sugestões e ideias e agora estamos preparando nossa contribuição para essa data tão importante. O dia 8 é uma conquista, ele ajuda a dar visibilidade a luta, mas nós, mulheres precisamos lutar todos os dias – precisamos lutar contra a violência e conscientizar as pessoas”, explica. A atividade da turma abordará a naturalização do machismo na vida cotidiana.