MangaTeca comunitária democratiza acesso à cultura Geek e Otaku no Ifal Satuba

Lívia Muniz - estagiária de jornalismo*

Surgida durante a pandemia de Covid-19 em uma comunidade do Rio de Janeiro, a MangaTeca Comunitária DiCria é responsável por incentivar e democratizar o acesso à leitura para jovens entusiastas da cultura geek e otaku.

O projeto disponibiliza gratuitamente mangás, HQ’s e diversas obras com títulos variados. A ideia é facilitar o consumo destes produtos culturais, que muitas vezes tornam-se inacessíveis devido aos altos preços e à baixa tiragem de volumes.

Em Alagoas, a primeira filial da MangaTeca encontra-se na biblioteca do Instituto Federal de Alagoas (Ifal) - Campus Satuba, a Biblioteca Benevides Valente Monte (BBVM). A ideia começou através da estudante de Agropecuária Sarah Euda, representante do projeto em Alagoas, que juntamente com os organizadores do Rio de Janeiro traçaram um plano para disponibilizar o acervo na biblioteca do campus.

“O campus Satuba foi a oportunidade que encontramos para criar nosso polo filial de mangás em terras alagoanas. A ideia foi fortemente abraçada pela chapa TFTC que concorria ao grêmio estudantil no período eleitoral do ano de 2022 e logo o DiCria ganhou força e o apoio necessários para se apresentar dentro da instituição de ensino”, comentou a estudante.

A MangaTeca está ativa no campus desde novembro de 2022 e atualmente, cerca de 360 exemplares compõem o acervo, que ocupa uma estante inteira repleta de títulos totalmente à disposição de quem deseja ler. O projeto se movimenta através de doações enviadas por apoiadores de diversas regiões do Brasil.

“Nossa missão é contribuir para o acesso igualitário à leitura, arte e educação. Queremos incentivar os sonhos dos crias e mostrar representatividade em todas as esferas. O Anime DiCria é sinônimo de resistência e coletividade, colocamos fé na caminhada e queremos continuar na ativa”, completou Sarah.

A estudante de Agropecuária Karollyne Nunes falou um pouco sobre a experiência de consumir mangás na biblioteca da escola. “Achei muito legal a ideia de trazer mangás para o campus. Nunca fui muito fã de ler livros ou coisas do tipo, mas, quando eu vi que havia mangás na escola, me interessei pois já tinha visto alguns animes das obras que tinham lá. Comecei a ler e achei bem interessante. A Mangateca me ajudou a ler os mangás sem precisar gastar dinheiro”, explicou.

Os estudantes interessados devem contatar Sarah para o empréstimo dos Mangás. O contato pode ser feito através de seu perfil pessoal (@saraheuda) ou do Instagram do projeto (@dicriaal), do qual ela faz monitoramento. As informações ficam em uma planilha, para que haja um controle de logística. “Tudo isso é necessário para que possamos continuar fazendo um trabalho eficiente e cumprindo com a nossa missão de tornar a leitura acessível para um público cada vez maior”, explicou Sarah.

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*Sob supervisão de Pedro Barros (jornalista).