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Ifal Satuba recebe a ação "Reitoria no Campus"
A manhã desta quarta-feira (06) foi marcada por um importante encontro no auditório do Instituto Federal de Alagoas (Ifal) Campus Satuba: a atividade "Reitoria no Campus". A iniciativa, que visa aproximar a gestão central da comunidade acadêmica, proporcionou um espaço de diálogo direto e franco sobre as principais demandas e desafios enfrentados no campus.
A comitiva, liderada pelo reitor Carlos Guedes e composta pela pró-reitora de Ensino Cledilma Costa, pelo chefe de gabinete Zoroastro Neto, pela coordenadora de Comunicação e Eventos, Adriana Thiara, e por representantes das demais pró-reitorias e setores da reitoria, foi recebida com um coffee break especial, que incluiu alimentos produzidos no próprio campus.
A cerimônia de abertura contou com uma frente de honra formada pela diretora-geral Uilliane Faustino, pelo reitor Carlos Guedes, pela pró-reitora de Ensino (Proen) Cledilma Costa, Eugênio Bastos (PRPPI), Jaqueline Cabral (PRDI), Nathalia Silveira (Proex) e Lucia Ricardo (DGP). Após as palavras de boas-vindas da diretora-geral do campus e do reitor, foi aberto o espaço para a comunidade se manifestar, iniciado com a participação de representações do corpo discente do campus.
Vozes do Campus: demandas da comunidade acadêmica
As representantes do Grêmio Estudantil Nena Cavalcante (GENC), Jéssica e Thalyta, iniciaram a rodada, seguidas por outros/as estudantes que trouxeram à tona uma série de questões, com ênfase nas preocupações com a obra de duplicação da BR-316. Temas como a necessidade de melhorias na infraestrutura, aquisição de novos computadores e ar-condicionados, a ampliação de bolsas e auxílios, a reforma da residência estudantil e do espaço multieventos, entre outros, foram abordados. A falta de recursos para a quisição de insumos para aulas práticas nos diversos laboratórios também foi uma preocupação levantada.
A pauta que dominou as discussões e gerou a maior preocupação foi o projeto de duplicação da BR-316. Os/as estudantes expressaram seu temor de que a obra, caso seja realizada conforme o planejado, ao atravessar o campus, possa agravar a infraestrutura já precária, colocando em risco a segurança da comunidade acadêmica e causando diversos prejuízos.
Em seguida foi a vez das docentes Norma Cândida e Ana Paula Praxedes apresentarem suas perspectivas. As professoras destacaram a importância de suas aulas e projetos, mas ressaltaram os desafios enfrentados devido à falta de estrutura adequada, como salas e equipamentos apropriados, que dificultam o desenvolvimento pleno das atividades pedagógicas.
Norma enfatizou o tamanho inadequado do laboratório de infraestrutura (5,9 X 3,5m) e o número insuficiente de máquinas. "Tinhamos apenas 14 computadores. Só dava para ter aula com a metade da turma e ainda sem conforto. Depois foram quebrando e agora só temos sete funcionando, o que inviabiliza as aulas. As atividades são executadas nas duas tardes livres no laboratório de informática, através de projeto de ensino e, ainda assim, só conseguimos atender uma turma por semana", explicou. A professora disse ainda que os equipamentos de topografia estão sem condições de uso além de não disporem de receptores GNSS nem drones topográficos.
A professora Ana Paula Praxedes contextualizou sua fala ao explicar que obteve (em um projeto com a professora Norma e o TAE Pedro Barros), quase R$120 mil para a implantação de um polo olímpico no polo de astronomia por meio de um edital nacional. Desse valor, R$70 mil foram usados para a compra de equipamentos, no entanto as salas de armazenamento estão com problemas estruturais como umidade, infiltração e falhas nas janelas, o que está danificando os novos equipamentos. Por isso, ela pede uma reforma urgente da reitoria.
Além disso, ela solicitou a criação de bolsas para a coordenação e um estudante do polo, enfatizando a importância do projeto para a cultura científica do campus e da comunidade. "O núcleo já possui parcerias com UFAL, Semed Satuba, CEAAL e o observatório Genival Lima. na Paula manifestou ainda o desejo de construir um observatório e uma sala de imersão no campus, e pediu apoio da reitoria para sediar o 23º Encontro de Astronomia do Nordeste (EANE) em junho de 2026", pontuou.
Respostas e Compromissos da Reitoria
Ao abordar as temáticas levantadas pela comunidade, Carlos Guedes afirmou que a prioridade é sempre o/a estudante, desde o ingresso até a conclusão com êxito. "São demandas reais as quais vamos buscar uma resposta efetiva. Quanto a principal preocupação da comunidade que é a duplicação, estamos em diálogo com vários órgãos para garantir o menor impacto na rotina do campus", enfatizou o reitor, apresentando dados sobre a instituição com um todo e analisando os números e estatísticas em respaldo à suas devolutivas. O reitor afirmou ainda estar em constante diálogo com as autoridades sobre a questão dos impactos da duplicação
Entre os/as membros da comunidade que participaram da segunda rodada de manifestações, as servidoras do Departamento de Assistência Estudantil (DAE) levantaram algumas demandas: a nutricionista do campus, Janaína Freiras apresentou sua preocupação sobre a necessidade de reforma e aquisição de equipamentos para o refeitório, enquanto a assistente social, Jaqueline Lima abordou a necessidade de um espaço de convivência coletiva para a socialização, principalmente no contraturno.
Após o momento no auditório a comitiva, a companhada pela gestão local, se dirigiu ao refeitório do campus para o almoço e, em seguida, realizou uma visita à parte das instalações do campus, como o Espaço Multieentos, Casa do Mel, Almoxarifado, Bovinocultura, Avicultura, Capela, Casarão, laboratórios de Microbiologia, Química, Biologia e Agronomia, Napne, Residência Estudantil, entre outros.
A diretora-geral do Campus Satuba, Uilliane Faustino, destacou a importância da visita da Reitoria, descrevendo-a como um importante momento de diálogo, ressaltando que a presença do reitor, pró-reitores e demais servidores/as foi uma oportunidade valiosa para a apresentação das demandas, desafios e potencialidades do campus. Além disso, a diretora-geral enfatizou o protagonismo dos/as estudantes, que participaram ativamente do encontro e fortaleceram a voz comunidade escolar.
Uilliane afirmou que " A ação 'Reitoria no Campus' reforça o compromisso da gestão em ouvir ativamente a comunidade e buscar soluções conjuntas para os problemas apresentados, demonstrando a importância do diálogo para a construção de um ambiente acadêmico mais robusto e seguro".