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Ifal Satuba celebra o Dia de Luta Internacional da Mulher

publicado: 16/03/2018 16h06, última modificação: 16/10/2023 10h58

Com uma programação de mais de 12 horas de duração envolvendo palestras, mesas temáticas, debates, apresentações culturais, exibição de vídeos, dinâmicas entre outras atividades, e a participação de todos os segmentos da comunidade acadêmica, o Instituto Federal de Alagoas Campus Satuba teve o Dia Internacional da Mulher mais significativo de sua história. 

O evento teve início com uma apresentação musical realizada pelos alunos Iasmim Alves e Bruno Vinícius, do curso de Agropecuária, seguida da composição da mesa pelo diretor-geral da instituição, Anselmo Lúcio, e as professoras Rafaela Mendonça e Belmira Magalhães, respectivamente do Campus Satuba e da Universidade Federal de Alagoas.

Inicialmente, o diretor-geral saudou a plateia, parabenizou às mulheres pela passagem da data e aos idealizadores e organizadores pela realização do evento. A professora Rafaela Mendonça também fez uso da palavra, agradeceu aos presentes e ressaltou a importância da comemoração data.

Logo após, a mesa foi desfeita e a socióloga Belmira Magalhães assumiu a palavra para proferir a palestra “Sociedade e violência: Origens da opressão contra a mulher”, seguida da exibição de dois vídeos sob a temática “A culpa nunca é da vítima” e da abertura para a rodada de falas e para o debate.

A aluna Maria Sara Rocha, do 1º ano de Agropecuária, gostou e aprovou a palestra. Para ela, a luta da mulher contra o sistema opressivo e violento acontece todos os dias e não somente no dia 8 de março. “Devemos lutar diariamente pela igualdade de oportunidades e contra todo tipo de assédio e violência moral e física das quais somos alvo”, disse.

Após um intervalo para o coffee break, deu-se início à mesa redonda “Assédio no Ambiente Escolar”, com a participação das psicólogas Ana Leal e Anna Júlia e da assistente de alunos Aline Lopes.

Paralelamente, na sala de reuniões do 1º andar do prédio central, sob a coordenação da coordenadora de Qualidade de Vida do Servidor, Uilliane Faustino, a psicóloga Fabiana Amorim e a enfermeira Maria do Carmo, ambas do GEAP, realizaram dinâmicas com servidoras do campus, finalizando com a distribuição de lembranças e um coffee break. As atividades da manhã encerraram-se com uma intervenção cultural realizada por alunos do campus.

Após o almoço, os alunos Iasmim Alves e Bruno Vinícius voltaram a subir ao palco para dar início à programação da tarde. Após a apresentação musical, foi dado início à palestra “8 de março e a importância da luta feminista”, proferida por Amanda Balbino, do Movimento de Mulheres Olga Benário, e de Larissa Gouveia, do Coletivo Feminista Classista Ana Montenegro.

Logo após, a professora Elaine Rapôso, do campus Marechal Deodoro, a pedagoga do campus Satuba, Flávia Monteiro, e a assistente social do campus Palmeira dos Índios, Ana Almeida, comandaram uma mesa redonda intitulada “Assédio no Ambiente Escolar”.

A programação do Dia Internacional da Mulher no campus Satuba se estendeu ao turno noturno, com uma programação voltada aos alunos do Proeja. Constou de um cine-debate, com a exibição do vídeo “Estrelas além do tempo”, seguido de um debate com o tema “Assédio e violência contra as mulheres”, mediado pela professora Tâmara Lúcia e a pedagoga Sandra Salles.

De acordo com Rafaela Mendonça, professora de Sociologia e organizadora do evento, as atividades superaram as expectativas, "O evento foi excelente! Sem sombra de dúvidas cumpriu com o objetivo inicial: o envolvimento de toda a comunidade escolar, servidores e alunos. Além de uma programação incrível que contou com palestras, curta-metragens, música e muito debate sobre os temas propostos. O envolvimento, participação e as intervenções preparadas pelos alunos foi o que mais saltou aos olhos", analisou empolgada a professora.

Para Rafaela houve um grande avanço no diálogo com o corpo discente através da conscientização e dos questionamentos sobre o machismo, os papéis sociais de gênero e outros tipos de violência e assédio que podem ocorrer dentro e fora do ambiente escolar. "Um outro ponto alto, foi a intervenção das meninas no debate, mostrando a necessidade de romper o silêncio e mostrar todo o protagonismo social e político que as mulheres devem ter", analisou Rafaela.

Envolvida na organização desde a idealização e participante de uma das mesas de discussão do evento, a psicóloga do Campus Satuba, Ana Leal,  afirmou que foi muito bonito ver a adesão dos servidores e dos alunos e alunas dos três turnos. "Tudo foi lindo: peças, músicas - uma inclusive de autoria de uma aluna - discussões, intervenções no refeitório, tudo feito com muito capricho", elogiou Ana, que finalizou afirmando que tudo só foi possível pelo excelente trabalho em equipe da comissão organizadora e pela adesão do alunado.

A estudante Maria Beatriz da Silva, do 3º ano A de Agropecuária, considerou esse dia 8 como muito importante para todos os estudantes do campus. "Nossa turma abordou a violência verbal, física e assédio. Pensamos no que muitas mulheres passam todos os dias: o assédio, a violência, a desigualdade. Precisamos mostrar que juntas somos mais fortes e lutar pela igualdade entre os gêneros e viver o 8 de março todos os dias do ano", afirmou a estudante.

"Simplesmente excepcional": foi assim que Roberval Santos, professor de História do campus, definiu o 8 de Março no Campus Satuba. "Parabéns a todos que estiveram na linha de frente do evento. Também fiz reflexões sobre minhas posturas machistas ao longo da vida. Os alunos foram magníficos em suas construções sobre o tema", refletiu o professor.