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Começa a 8ª edição da Semana Agrotecnológica do Ifal Campus Satuba

por Adriana Cirqueira publicado: 17/10/2018 12h51, última modificação: 16/10/2023 10h58

Começou na manha desta quarta-feira (17) a 8ª Semana Agrotecnológica do Instituto Federal de Alagoas Campus Satuba. Com o tema "Agrotecnologia da transformação de sistemas alimentares", a edição 2018 do evento conta com uma programação com palestras, minicursos e atrações artísticas e culturais. Também faz parte da programação a sempre muito esperada Feira de Ciências. Como atividade externa acontece o Curso de Inseminação artificial no município de Batalha.

Participaram da Mesa de abertura o reitor Sergio Teixeira, o diretor geral do Campus Satuba, Anselmo Lucio Aroucha Santos, os pro-reitores Eunice Palmeira (PRPI), Altemir João Secco (PROEX), Carlos Guedes de Lacerda (Desenvolvimento Institucional), a diretora de ensino do Campus Satuba, Auxiliadora Baraldi, Cristina Loureiro, representante do SEBRAE, José da Silva Nogueira Filho, representante da Federação das Indústrias, José Harllisson de Araújo Ferro, presidente da Comissão Organizadora e Chefe do Dep. de Gestão Agropecuária do campus, Davi Martins, presidente do Grêmio Estudantil e Ana Géssica Vieira da Silva, presidenta do Centro Acadêmico.

A apresentação do grupo de canto coral do Ifal Campus Murici abriu as atividades da manhã com a apresentação de quatro músicas. Trazendo peças de dois repertórios distintos: "Nordestinos", de compositores e intérpretes naturais da região nordeste e, "Inclassificáveis", o professor Andre Luis Bonfim Souza, regeu as peças "Suite dos pescadores", Como nossos pais", Metamorfose ambulante" e "Vamos fugir". Projeto de extensão do Artifal, o grupo, composto por 25 estudantes, participou de um encontro internacional de coros, em setembro, no Teatro Deodoro .

Como destacado pelas autoridades durante as falas da cerimônia de abertura, o estado de Alagoas é possuidor de um grande potencial agropecuário a ser explorado e aprimorado. Assim sendo, a Semana Agrotecnológica vem promover a difusão científica e tecnológica, criando condições de melhoria de qualidade de vida dos produtores e da sociedade alagoana. Nessa perspectiva, o Ifal está firmando parcerias para cumprir seu importante papel no crescimento e desenvolvimento regional. A Federação das Indústrias do Estado de Alagoas (Fiea) e o Sebrae/AL estão estimulando iniciativas que buscam ampliar o potencial da eucaliptocultura em Alagoas e, agora, passa a contar com a parceria do Ifal nesta área.


Palestras e mini-cursos


Após a solenidade de abertura do evento foram iniciadas as atividades científicas com uma palestra sobre o "Décife mundial de Madeira e o Potencial da eucaliptocultura em Alagoas", proferida pelo professor Acelino Couto Alfenas, do Departamento de Fitopatologia da Universidade Federal de Viçosa/MG e, em seguida, "Máquinas Agrícolas", por Diogo Ivanoff, da empresa Novo Mundo/New Holland.

Traçando um panorama mundial sobre o uso da madeira nos diversos setores que a utilizam, Acelino buscou demostrar a viabilidade do plantio e do uso da madeira de eucalipto como atividade econômica no estado.

Para Acelino, o cenário futuro do setor florestal brasileiro é positivo pois a madeira sempre será matéria-prima valiosa para a sociedade. O professor salientou que a atuação do setor em municípios com baixo IDH, potencializam o surgimento de novas oportunidades, empregos e geração de riquezas. "É necessário, contudo, investimentos para o desenvolvimento tecnológico e a formação de recursos humanos na região para dar sustentabilidade à cultura", explicou.

Para o professor Ulisses Pereira, que acompanhou a palestra com bastante interesse, o tema é muito importante para a economia no estado e precisa ser trabalhado nas escolas técnicas e nas universidades. "O eucalipto e praticamente auto-sustentável e seu uso é aplicado em muitas das necessidades do ser humano. Devemos estimular uma disciplina específica para o plantio de eucaliptos em nossos cursos", afirma. Já o servidor José Walter Gomes Costa, responsável pela Casa do Meio Ambiente do campus, vê com preocupação a introdução da cultura no estado. "Temos apenas 2,8% de floresta nativa no estado e deveríamos nos preocupar com o reflorestamentos de plantas nativas", analisa Walter.

No período da tarde foram realizados, simultaneamente, sete minicursos:  Cálculos Básicos de Aplicação de Agrotóxicos por Sistemas Tratorizados de Comando Manual; Noções de Apicultura e Processamento de Mel Puro; Tecnologias Aplicadas à Produção de Graviola; Alimentos Concentrados em Dietas para Ruminantes; Produção Vegetativa de Mudas; Agricultura Sintrópica e Topografia com Drone.