Campus Satuba apresenta seus primeiros projetos de ensino no Conac

Dos 14 projetos de ensino avaliados no segundo dia do III Congresso Acadêmico do Instituto Federal de Alagoas (III Conac), 5 foram realizados no Campus Satuba: Cineciência – Arte e Ciência instigando e desenvolvendo saberes; Núcleo de Divulgação Científica; Uso de jogos e material concreto na resolução e problema: desafios lúdicos para aprender matemática; O uso do aplicativo Winplot: um estudo dinâmico para as funções e A educação ambiental através da caminhada ecológica na Trilha do Sambacuim.

O projeto Cineciência. apresentado pelas estudantes Flávia Emanuelle Freitas e Laura Layne Pinheiro foi executado através de atividades que giraram em torno da exibição de três filmes e as relações entre os roteiros e as áreas de conhecimento por eles tangenciados – que serviram como ferramente didática para uma aprendizagem multidisciplinar. As sessões foram seguidas de discussão e debates entre estudantes, servidores e convidados.

Para Valdemir Chaves, professor orientador do projeto,  foi uma importante oportunidade para as alunas envolvidas no projeto, compartilharem as experiências, vivências e conhecimentos construídos através do projeto de ensino desenvolvido no ano passado. “É muito gratificante para mim, enquanto orientador, saber que aquela ideia inicial foi desenvolvida, tomou forma em um projeto de ensino, envolvendo docentes de outras áreas do conhecimento e os estudantes e um debate tão proveitoso”, analisou.

A primeira fase do projeto Núcleo de Divulgação científica do Instituto Federal de Alagoas, do Campus Satuba, foi apresentada pelo estudante Jair Oliveira, bolsista do projeto. “Começamos com uma pesquisa bibliográfica para entendermos melhor a temática da ciência e de sua divulgação. Depois realizamos o levantamento dos projetos de ensino, pesquisa e extensão em andamento no campus e uma pesquisa de campo sobre os níveis de conhecimento sobre essas atividades e sobre divulgação científica", explicou o estudante. 

O projeto conta com o suporte de dois servidores: a orientadora do projeto Adriana Cirqueira e o colaborador Pedro Barros, ambos jornalistas de formação. Pedro explicou sobre a interdisciplinaridade do projeto: "Trabalhamos a Língua Portuguesa, com as e produções textuais, A Matemática com os cálculos estatísticos das pesquisas, informática, entres outras disciplinas".

Uso de jogos e material concreto na resolução e problema: desafios lúdicos para aprender matemática foi o projeto apresentado pelo professor Adriano Araújo. Durante a execução do projeto, que contou com a colaboração da estudante bolsista , foram alcançados duas turmas de primeiro anos, com aproximadamente 60 estudantes. De acordo com Adriano, o projeto nasceu de uma exposição na biblioteca do campus em um projeto realizado em um sábado letivo temático em homenagem ao dia da Matemática.

"As atividades são desenvolvidas com a utilização do material dourado adaptado para apresentar conceitos matemáticos para resolução de equações com raízes racionais de forma lúdica, possibilitando aos estudantes uma mudança de postura diante da disciplina", analisou o professor. Adriano esclareceu ainda que uma proposta de projeto de extensão com crianças poderia surtir efeito ainda mais benéfico, dado o desconhecimento das mesmas sobre as fórmulas das equações.

O uso do aplicativo Winplot: um estudo dinâmico para as funções foi o projeto desenvolvido pelo professor de matemática Adeilton Menezes. Com a colaboração da bolsista Barbara Gabriela Teixeira, o professor executou quatro das sequencias didáticas que elaborou para o projeto: Explorando o plano cartesiano, função polinomial de 1º grau, função quadrática e funções trigonométricas. “Com o transcorrer do trabalho pudemos perceber que o aplicativo oportunizou de forma concreta a compreensão de conceitos que, por vezes, passam despercebidos pelos alunos durante a abordagem tradicional”, pontou Adeilton.

Apresentado pelo orientador, professor Ulisses Pereira, o projeto "A educação ambiental através da caminhada ecológica na trilha do Sabacuim", tratou das diferentes oportunidade de estudo e contato com a natureza que uma caminhada em área de Mata Atlântica podem oferecer. "Os alunos são recebidos na Casa do Meio Ambiente, onde é ofertada uma aula preliminar antes de conhecerem a trilha. No percurso, sempre guiados pelos servidores especializados, os estudantes conhecem diferentes plantas nativas e nascentes. Além de ouvirem o canto de diversas aves e algumas vezes, avistam animais silvestres", pontuou Ulisses.

Participaram da banca avaliadora as servidoras Verônica Medeiros, da Proen, Ana Cristina Nascimento, da Diread e Vania Nascimento do Campus Maceió. Verônica esclareceu que essa foi a primeira avaliação dos projetos de ensino do Ifal, que são uma novidade no instituto. "Os trabalhos apresentados apontaram práticas inovadoras capazes de contribuir para o aprimoramento e qualidade dos cursos pois estimulam práticas com foco na permanência e no êxito dos alunos", explicou Verônica, que ressaltou ainda o protagonismo dessas ações inovadoras no campo do ensino, da pesquisa e da extensão.

Dos cinco projetos apresentados, apenas o do Núcleo continua em atividade. Os demais estão sendo utilizados como ferramentas didáticas nas atividades dos professores orientadores.