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Alunos e servidores empolgam-se com ação solidária

publicado: 13/07/2017 13h15, última modificação: 16/10/2023 10h58

Era para ser apenas uma visita de alunos representantes das equipes e de membros da comissão organizadora da IX Gincana Cultural  para doar gêneros alimentícios arrecadados no evento. Mas o que aconteceu na tarde de sexta-feira (7), na Casa Para Velhice Luiza de Marillac, foi mais que isso.

Localizada no bairro de Bebedouro, em Maceió, a instituição abriga 37 idosas, sobrevive de doações e não recebe ajuda financeira, permanente, de nenhuma instituição pública ou privada.

Lá chegando, alunos, as pedagogas Flávia Monteiro e Sandra Sebastiana e o coordenador de Comunicação e Eventos, Ademilson Galdino, foram recepcionados pela assistente social Leila Sofia Lima. Ela agradeceu a doação e falou sobre o trabalho desenvolvido pela instituição. A seguir, convidou e acompanhou o grupo em uma visita pelas instalações da Casa.

“Deu para perceber que a instituição é bem organizada e limpa, e que as idosas são tratadas com carinho e dignidade”, disse o aluno Edson Pereira. “A Casa possui sala de convivência - equipada com poltronas e uma televisão -, uma capela, refeitório, consultório médico, sala de fisioterapia, entre outras instalações”, completou.

Ao passar pelo alpendre e pelos quartos os visitantes tiveram a oportunidade de manter contato direto com as residentes, que repousavam - deitadas ou sentadas em cadeiras de balanço ou em cadeiras de rodas – ou caminhavam, algumas com o auxílio de andador. A debilidade física e a senilidade dificultavam os movimentos e a capacidade de comunicar-se de algumas delas.

Conversar com as senhorinhas foi a parte mais apreciada da ação voluntária. “Foi muito triste descobrir que a maioria possui família e que estão ali contra a sua vontade”, disse a aluna Janine Ursulino. E acrescentou: “Teve uma que me falou que estava ali porque ninguém a queria em casa, que possuía 24 netos mas nenhum deles vem lhe visitar”.

Andando um pouco mais, os voluntários também descobriram residentes com formação em psicologia e pedagogia, e  que uma havia sido freira. Por razões as mais diversas elas foram parar ali, seja por decisão de familiares ou mesmo por força do destino.

Mesmo diante dessas adversidades, elas não se deixam abater. Segundo o aluno Alanderson Moacir, algumas eram arredias e preferiram não conversar. Outras, no entanto,  foram bastante receptivas. “Recebeu-nos com alegria, dialogou, sorriu, brincou, tirou selfie conosco e até dançou”, disse.

Na despedida, muitas fotos, beijos e abraços, e o convite para aparecer mais vezes.  Mesmo tristes diante da condição daquelas senhoras, discentes e servidores se empolgaram com a atividade social e sentiram-se motivados a voltar mais vezes e a desenvolver mais ações sociais.

No ônibus, de volta ao campus, o assunto que predominava era sobre planos e ideias para as próximas atividades. A visita não foi mesmo uma simples entrega de alimentos.