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Alunos dos 2º anos realizam o I Encontro Literário do Ifal Satuba
Sob a orientação da professora Maria Elba Ferreira, da disciplina de língua portuguesa, os estudantes dos segundos anos de agropecuária e agroindústria realizaram, nesta terça-feira (13), o I Encontro Literário do Instituto Federal de Alagoas - Campus Satuba.
Durante o encontro foram apresentados o Realismo, o Naturalismo e o Parnasianismo: suas caraterísticas, principais autores e obras e o contexto histórico e social da época. "Os movimentos literários apresentam aspectos comuns, como o resgate do objetivismo na literatura e o uso de descrições da realidade e dos costumes - sempre em oposição ao romantismo", explica a professora. As turmas, que ocuparam espaços diferentes do campus, se dividiram em três grupos, cada um abordando um movimento literário.
Ana Alicia de Oliveira, 18 anos, do 2º ano de agropecuária considera esse tipo de atividade tão estressante quanto gratificante. "Foi bastante trabalhoso, alguns colegas desistiram e o planejamento deu 90% certo. Eu já tinha uma base e tivemos a oportunidade de estudar o tema mais profundamente com as pesquisas que fizemos", explicou Ana.
Expondo no saguão de acesso à biblioteca, cantina e auditório, os alunos de agropecuária receberam a professora e o diretor Anselmo com uma apresentação sobre o Realismo, apresentando Machado de Assis e a obra Dom Casmurro. Na sequência, passaram pelo circuito que, além das apresentações orais contava com expositores com ilustrações de diversas obras, como livros, quadros, gravuras, fotografias e poesias. Também foram tocadas, como som ambiente, algumas músicas da época.
Para a aluna do 2º ano A de agroindústria, Isabelle Souza Soares, 25 anos, após as três semanas de aula sobre essas escolas literárias, o encontro foi encarado como uma oportunidade de aprofundar o conhecimento para melhor compartilhá-lo. "Quando trabalhamos em conjunto todos ganham. Nesse tipo de trabalho, apesar de dividirmos os temas, a turma inteira precisa saber um pouco de tudo - além disso, a preparação foi uma verdadeira viagem", analisa Isabelle.
Divididos entre a sala de aula e as escadarias do prédio administrativo, os alunos de agroindústria deram uma outra roupagem para as mesmas temáticas - além das apresentações orais e cartazes, utilizaram recursos audiovisuais, com apresentações multimídias. A parte mais criativa ficou por conta do grupo do parnasianismo. Ao passar pela cortina colocada na entrada do prédio, o visitante tinha acesso ao "Museu do Parnasianismo e, ao som de um violino, encontrava nas paredes fotos de autores parnasianos que eram apresentados pelos alunos a cada lance de escada - contexto histórico, biografias, listas de obras e recitação de poemas.
A pedagoga Elisabete Patriota elogiou a iniciativa. "Fantástico! Os alunos e a professora estão de parabéns. Esse tipo de iniciativa estimula o aprendizado, quebra a rotina e desperta o interesse. Mostra a dimensão viva da literatura: ferramenta para se reconhecer sujeito e se identificar com os problemas e realidades apresentados, além de encorajar o envolvimento", argumenta Elisabete, que frisou o constante entusiasmo da professora Elba que, prestes a se aposentar, continua a se doar da mesma maneira que o fazia no início da carreira.