Você está aqui: Página Inicial > Campus > Satuba > Notícias > Alunos apresentam seus projetos de pesquisa para avaliação
conteúdo

Notícias

Alunos apresentam seus projetos de pesquisa para avaliação

por Adriana Cirqueira publicado: 06/03/2017 12h01, última modificação: 16/10/2023 10h58

Aconteceu nesta segunda-feira, no prédio do curso superior em Tecnologia em Laticínios, a apresentação dos projetos de pesquisa Pibic e Pibiti 2016/2017 para avaliação parcial. A comissão de avaliação foi composta pelos professores Altanys Calheiros (Pró-Reitoria de Pesquisa e Inovação - PRPI), Lucio Bastos (Campus Marechal) e Magno Abre (Campus Santana) e José Ginaldo da Silva, chefe do Departamento de Pesquisa e Inovação (DPI).

O coordenador de pesquisa e inovação do Campus Satuba, Marcelo Barros Lima Verde, informou que 21 projetos serão apresentados e avaliados durante todo o dia. “São projetos que envolvem os estudantes do ensino médio integrado, do médio subsequente e do ensino superior, em áreas como agricultura, piscicultura, microbiologia, alimentos, física, entre outras”, esclareceu Marcelo.

 

Pesquisa microbiológica em alimentos

Um dos projetos avaliados pela manhã foi o intitulado “Análises da qualidade microbiológica de goma de tapioca e polpa de açaí”, projeto de pesquisa Pibic orientado pela professora Angela Froehlich, que foi apresentado pelo bolsista Celso Ritir Batista, aluno do segundo semestre do curso superior em Tecnologia em Laticínios.

Segundo Celso, o projeto se justifica dado o crescente consumo de alimentos naturais e livres de glúten e a necessidade de aumentar o rigor com a qualidade e a segurança pois os dois alimentos estão sujeitos à contaminação microbiana devido aos processos de produção e consumo. “Nessa pesquisa usamos algumas metodologias para detectar alguns micro-organismos: Coliformes a 45°C, Sthaphylococcus coagulase positiva, Bacillus cereus, fungos filamentosos e leveduras”, explicou o estudante.

Angela argumenta que o consumo da tapioca que a pouco tempo se restringia a região nordeste ganhou espaço e faz parte das dietas alimentares de esportistas e de pessoas que buscam uma vida mais saudável, o mesmo acontecendo com a polpa do açaí. “Pesquisas recentes demonstram um elevado índice de contaminação em polpas de açaí, mas não existem muitos trabalhos e pesquisas sobre a goma”, explica.

As análises foram realizadas entre o início de novembro de 2016 até o final de fevereiro deste ano. “São resultados parciais, mas constatamos um índice considerável de contaminação nas polpas de açaí comercializadas em Maceió, com contaminação por fungos e leveduras em três das quatro marcas analisadas”, afirmou Celso. Já nas análises da goma de tapioca, o estudante constatou que todas as cinco marcas analisadas continham de fungos e leveduras e, uma delas também foi detectado Bacillus Cereus – que podem causar intoxicação alimentar. “É muito difícil para indústria reverter a situação, pois a goma tem pré-disponibilidade em facilitar a proliferação de fungos devido ao seu teor de água disponível”, avalia.

Celso informou ainda que nos próximos meses esses testes serão repetidos para uma confirmação de resultados e que serão realizadas novas análises em outras marcas de goma de tapioca comercializadas em Maceió que não entraram nesta primeira coleta.