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Suporte de Aprendizagem colabora para adaptação de estudantes que ingressam no Ifal

No Campus Penedo, a ação pedagógica aconteceu integrada à programação de acolhimento por cerca de um mês.

publicado: 02/04/2018 05h49, última modificação: 02/04/2018 05h52
Exibir carrossel de imagens Programa do Ifal trabalha conteúdos de Língua Portuguesa e Matemática.

Programa do Ifal trabalha conteúdos de Língua Portuguesa e Matemática.

Os estudantes que ingressam nos cursos técnicos do Instituto Federal de Alagoas (Ifal) contam com uma importante ferramenta na superação da defasagem de conhecimentos em Língua Portuguesa e Matemática. Trata-se do Programa de Suporte de Aprendizagem, regulamentado desde maio de 2015 pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe) para todos os campi. A ação pedagógica atende a todos os alunos dos 1º anos dos cursos técnicos regulares ofertados na modalidade integrado ao ensino médio.

No Campus Penedo, para as turmas de Açúcar e Álcool e de Meio Ambiente que ingressaram em 2018, o programa foi realizado durante as quatro semanas que antecederam o início do ano letivo. “As aulas só iriam começar na segunda quinzena de março e não seria interessante que nossos novos alunos ficassem tanto tempo sem atividade. Então, inserimos o Suporte de Aprendizagem na programação de acolhimento, que teve início em 19 de fevereiro e se estendeu até 14 de março”, explica a pedagoga do campus, Rita de Cássia Tavares.

Conforme o regulamento do programa do Ifal, a carga horária para as duas disciplinas envolvidas na ação é de 40 horas, e a orientação é que ela seja executada ao longo do primeiro semestre do curso, com o limite de quatro horas semanais no contraturno das aulas regulares. Como em 2018 a equipe do Ifal Penedo teve tempo para realizá-lo antes do início do ano letivo, a antecipação  acabou beneficiando os estudantes, que passaram cerca de quatro semanas com dedicação exclusiva às aulas da ação pedagógica e às demais atividades do acolhimento.

Mariana Nascimento e Ana Julia Oliveira, novas alunas do curso técnico em Meio Ambiente. “Foi bom porque fez a gente relembrar alguns assuntos que já estavam esquecidos e todo mundo já começa o curso com um nível de conhecimento e aprendizado menos desigual”, opina a caloura de Meio Ambiente, Mariana Nascimento, referindo-se principalmente aos conteúdos de Matemática. Sua colega de sala, Ana Julia Oliveira, compartilha da opinião e ainda destaca o tempo dedicado às outras atividades do acolhimento. “A programação foi bem completa, com várias informações sobre o como funciona o Ifal, os setores que devemos procurar, as oficinas sobre como fazer trabalhos acadêmicos. Enfim, tudo isso fez com que a gente se familiarizasse antecipadamente com esse novo ambiente escolar”, reforça a aluna.

O depoimento da estudante vai ao encontro da avaliação da pedagoga Rita de Cássia sobre a edição 2018 do acolhimento, do qual fez parte o Suporte de Aprendizagem. “Com um tempo maior, a gente pode diversificar as atividades, não se restringindo ao Suporte e às normas que o adolescente que chega precisa saber. A gente conseguiu, então, amenizar essa parte um pouco entediante para eles, com atividades culturais e oficinas, de modo que pudessem se integrar e se sentir parte do Ifal, criando um vínculo afetivo, algo muito importante para o processo de ensino-aprendizagem”, ressalta a servidora.

No ano anterior, devido à ausência dessa particularidade no calendário acadêmico, isto é, da existência de um mês livre para o acolhimento, o Suporte de Aprendizagem aconteceu concomitante às aulas regulares dos cursos, mas no contraturno, uma vez por semana, entre os meses de maio e agosto, e somente com a disciplina de Matemática, ministrada por licenciandos do Ifal e da Universidade Federal de Alagoas (Ufal).

O regulamento estabelece que o programa seja executado prioritariamente por docentes do Ifal. No entanto, não havendo disponibilidade de carga horária, o campus pode se utilizar de licenciandos do próprio Ifal ou realizar convênio com outras instituições de ensino superior. “Foi o que aconteceu em 2017 e, mesmo assim, não conseguimos para Língua Portuguesa”, lembra Rita de Cássia, que compõe a equipe pedagógica do Campus Penedo juntamente com a pedagoga Elaine Costa e a técnica em assuntos educacionais, Giselle Moreira, atual coordenadora do setor.  

Rita de Cássia Tavares, pedagoga da equipe do Campus Penedo.Ainda não se sabe a forma como o Suporte de Aprendizagem será executado no próximo ano, uma vez que depende do calendário acadêmico. Mas, com relação à disponibilidade de carga horária dos professores, pode-se dizer que o formato de 2018 permitiu uma maior participação do corpo docente. Segundo informou a coordenadora pedagógica, Giselle Moreira, no total, 16 professores aderiram ao programa, e não apenas das áreas de Língua Portuguesa e Matemática, como também de Física, Sociologia, Filosofia, Meio Ambiente, Espanhol, Informática, Química e Biologia.

O planejamento das atividades foi realizado com base no conteúdo programático estabelecido pelo regulamento. A partir daí, os assuntos foram trabalhados em sala de aula conforme a área afim do docente. Os conteúdos de Matemática, por exemplo, foram ministrados por professores de Física e Química. Já os de Língua Portuguesa, que envolvem a leitura, produção e reescrita de diversos gêneros textuais a partir de aspectos linguísticos discursivos e contextuais, tiveram como colaboradores docentes das áreas de Sociologia, Filosofia, Língua Espanhola, entre outras.

Para o professor de Português, Wellinghton Santos, o Suporte de Aprendizagem faz com que estudantes superem suas defasagens de conhecimento e o corpo docente se envolva mais diretamente em questões que refletem os índices de retenção e evasão no Ifal. “É um recurso essencial para sondar prováveis dificuldades dos discentes e introduzir temáticas importantes para a compreensão dos objetivos das disciplinas e dos cursos. É algo que, de fato, deve acontecer a cada novo ingresso de estudantes nos cursos técnicos integrados”, afirma o professor, que participou pela primeira vez da ação pedagógica.