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Setembro Azul: atividades lúdicas buscam promover conexão com cotidiano da comunidade surda
Para marcar o Setembro Azul no Instituto Federal de Alagoas – Campus Penedo, a equipe do Núcleo de Atendimento a Pessoas com Necessidades Específicas (Napne) promoveu algumas atividades, convidando a comunidade acadêmica a se aproximar da Língua Brasileira de Sinais (Libras). Em alguns espaços da unidade de ensino, foram espalhadas mensagens em datilologia (sinais manuais que representam letras do alfabeto), para que estudantes e servidores as decifrassem.
A ideia geral da ação foi fazer com que as pessoas ouvintes experimentassem um pouco do que as pessoas surdas sentem diariamente ao pertencerem a uma comunidade cuja língua materna é a Libras, e não o Português. Para compreender o desafio de se comunicar em contextos onde a Língua Portuguesa predomina e despertar a empatia, essa inversão de papeis foi promovida de forma lúdica. Tradução de palavras e frases, raspadinha com o alfabeto manual e amarelinha com os numerais em Libras estiveram entre as brincadeiras.
O Setembro Azul é uma campanha de conscientização e visibilidade das pessoas surdas no Brasil. O mês foi escolhido por conter datas importantes, como o Dia Internacional das Línguas de Sinais (23/09), o Dia Nacional do Surdo (26/09) e o Dia do Tradutor e Intérprete de Libras (30/09).
O objetivo da campanha passa pela sensibilização da sociedade para as questões enfrentadas pela comunidade surda, promoção da inclusão social e valorização da diversidade linguística e cultural.
Sobre o Napne
O Núcleo de Atendimento às Pessoas com Necessidades Específicas é uma estrutura presente nos institutos federais, que visa promover a inclusão e acessibilidade de estudantes com deficiências, transtornos globais do desenvolvimento ou de aprendizagem e altas habilidades ou superdotação. No âmbito do Ifal, a atuação do setor encontra-se regulamentada pela RESOLUÇÃO Nº 45/2014/CONSUP/IFAL.
Seu papel é garantir condições adequadas de ensino e aprendizagem, atuando na eliminação de barreiras e no apoio pedagógico, psicossocial e tecnológico, para que todos os alunos possam ter igualdade de oportunidades e pleno acesso ao processo educacional. Além disso, busca promover ações que sensibilizem e capacitem a comunidade acadêmica para lidar com a diversidade.
Atualmente, o Napne do Ifal Penedo atende e monitora 11 alunos matriculados nos cursos presenciais de nível médio e superior do campus. Desses, três são da comunidade surda e recebem o suporte dos tradutores e intérpretes Antonio Santiago, Damião Francisco e Lucélia Lima, nas aulas e também quando participam de outras atividades institucionais.
Completam a equipe do núcleo a profissional de Atendimento Educacional Especializado, Raisa Coutinho, e o professor Aguimario Pimentel, que está à frente da coordenação.