Notícias
Projeto de ensino prepara alunos do Ifal Penedo para olimpíadas de matemática
As atividades acontecem uma vez por semana, no Laboratório de Física e Matemática, nos dois turnos.
Este ano, estudantes dos cursos técnicos integrados ao ensino médio, com interesse em melhorar o desempenho em olimpíadas do conhecimento que envolvem a matemática, podem contar com o suporte de um dos projetos de ensino desenvolvidos no Ifal Penedo. Com o título “Treinando os novos atletas olímpicos da matemática”, a iniciativa está sob a coordenação da professora Mayra Albuquerque e é executada desde abril com a participação do aluno bolsista Ítalo Gustavo Lira e dos voluntários Anniele Sterfany Leite e Guilherme Braz.
As atividades acontecem uma vez por semana, no Laboratório de Física e Matemática, e têm agregado estudantes de diferentes séries das turmas matutinas e vespertinas. A professora explica que o projeto busca oferecer uma preparação específica para a Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep) e a Olimpíada de Matemática dos Institutos Federais (Omif), proporcionando a aprendizagem de temas da área pouco ou nunca abordados nos conteúdos programáticos do ensino médio regular.
A metodologia aplicada se baseia na resolução de questões das edições anteriores dessas competições. “Nesses primeiros meses de atividades, as aulas foram conduzidas de maneira expositiva com a resolução de problemas e desafios referentes à primeira fase da Omif, que aconteceu no início de maio, e da Obmep, marcada para o dia 21 deste mês”, explica Mayra, acrescentando que, em um segundo momento, o foco será a preparação para a segunda fase, com prioridade não somente à resolução dos problemas, como também à formalização da resposta escrita, já que nesta fase a prova é discursiva.
Esta é a primeira vez que o Ifal Penedo participa da Omif, evento que está em seu segundo ano de realização. Da Obmep, que está na 15ª edição, a participação de estudantes do campus em anos anteriores já rendeu uma medalha de bronze (2016) e diversas menções honrosas. “O projeto de ensino foca na preparação para esse tipo de competição, no entanto, também serve como mecanismo de mudança positiva da aprendizagem da matemática e redução da evasão decorrente de dificuldades com a disciplina”, destaca a docente, que também conta com a colaboração dos professores Jonas Gonçalves e Regivan Santos.
Os motivos que atraíram os estudantes que vêm participando do projeto são os mais diversos. A aluna Tâmara dos Santos, do 2º ano do curso técnico em Açúcar e Álcool, confessa não ter muita afinidade com a matemática por achar os conteúdos difíceis. “Me interessei em frequentar as atividades como uma forma de aprender e tentar melhorar meu rendimento na disciplina”. No caso da estudante Kelly Cristina Ezequiel, de uma das turmas de 1º ano do curso de Meio Ambiente, o interesse pelo projeto partiu do gosto que já tem pela matemática. “Como é uma disciplina que eu gosto, não sinto muitas dificuldades e vejo o projeto como um incentivo para melhor desenvolver minhas habilidades com números”, diz a jovem.
Bolsista e voluntários – Responsáveis pela condução das atividades semanais no laboratório, os estudantes Ítalo, Anniele e Guilherme formam uma equipe movida à paixão pela área de Exatas. “Costumo dizer que matemática é o que salva meu boletim no Ifal”, brinca a voluntária Anniele, que acumula a experiência de ter sido monitora da disciplina, em 2017, por oito meses, e já decidiu que quer fazer faculdade de Engenharia Química.
Para os três alunos, que são do 4º ano do curso de Açúcar e Álcool, a experiência de compartilhar o que sabem e colaborar para o aprendizado dos colegas é gratificante. “Eu vejo em alguns estudantes o que eu era antes, quando ingressei no Ifal, e me sinto bem por ter a oportunidade de colaborar para que outros alunos superem dificuldades”, ressalta o bolsista Ítalo, que hoje se considera bom em matemática, depois de um primeiro ano com algumas notas baixas na matéria.
Já o voluntário Guilherme afirma que o bom desempenho na disciplina se deve a sua habilidade em raciocínio lógico. Ele foi um dos estudantes do Campus Penedo que, em 2016 e 2017, recebeu menção honrosa da Obmep. O aluno se relaciona tão bem com números que semanalmente participa de desafios propostos pelo site Obmepeiros Educação e já até foi premiado com menção de bronze. “Além de colaborar para o desempenho dos que participam do projeto de ensino, eu também estou treinando para as olimpíadas deste ano”, finaliza Guilherme.