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Professoras do Ifal Penedo expõem trabalhos no 64° Congresso Brasileiro de Química
Por Emerson Lima (estagiário de Jornalismo)*
Quatro trabalhos do Instituto Federal de Alagoas – Campus Penedo foram levados para o 64° Congresso Brasileiro de Química (CBQ), que aconteceu em Belo Horizonte (MG), entre os dias 4 e 7 de novembro. As iniciativas, desenvolvidas nas áreas de ensino e pesquisa, foram compartilhadas no formato pôster pelas professoras Taciana Santos e Bárbara Magalhães.
Coordenadora do Programa de Monitoria do Ifal Penedo, a docente Taciana apresentou dois trabalhos. O primeiro traz uma análise da ociosidade de vagas para monitores na unidade de ensino, com base nos editais de seleção publicados entre 2021 e 2025. “Também foram analisados possíveis impactos de recente mudança na normativa do programa e no projeto do curso técnico em Química”, complementa a autora.
Segundo Taciana, compartilhar os resultados desse trabalho no CBQ permite conhecer um pouco mais sobre a realidade das monitorias em outras instituições. “Nossa ideia é transformar a monitoria para a formação integrada de estudantes, a partir de estratégias institucionais que melhorem o processo de ensino-aprendizagem do monitor e do aluno a ser assistido”, explica, enfatizando que o diálogo com outros pesquisadores e estudantes em eventos como esse sempre amplia os horizontes. “Tira a gente da rotina e nos faz pensar sobre novas possibilidades”.
O segundo pôster apresentado por ela, e intitulado “Uso de Quitina Proveniente de Cascas de Siri para o Tratamento de Água Salobra”, integra uma linha de pesquisa desenvolvida em parceria com seu colega de área (Engenharia Química), o professor Felipe Thiago Souza.
O estudo usa cascas de siri e outros resíduos relacionados à atividade de pesca, disponíveis na região ribeirinha do São Francisco, para reduzir a salinidade da água do rio. “A presença de sal nas águas do Velho Chico é um problema que afeta as comunidades locais”, contextualiza Taciana.
Já a professora Bárbara Magalhães, levou ao 64° Congresso Brasileiro de Química os trabalhos “Avaliação da influência da sazonalidade na composição fenólica de erva-cidreira” e “Metabolismo energético em jogo: estratégia de ensino de Bioquímica para o curso de Química Industrial”.
O primeiro é parte da pesquisa de iniciação científica desenvolvida entre 2024 e 2025, com a aluna Rayssa Santos, do curso técnico em Meio Ambiente. O segundo corresponde a um relato de experiência sobre o uso de metodologia ativa e jogos didáticos no processo de ensino-aprendizagem da disciplina Bioquímica, ministrada no curso superior.
Conexões
Nesta edição, o evento teve como tema central “Química 5.0 - Inovação sustentável para um futuro responsável”. A programação contemplou participantes desde o nível médio regular e técnico à pós-graduação e contou com apresentações de trabalhos científicos e tecnológicos, palestras, debates e minicursos. Durante quatro dias, estiveram reunidos professores, pesquisadores e alunos da Química das diversas regiões do Brasil.
De acordo com Taciana Santos, a motivação para enviar o artigo sobre a monitoria foi a sua atividade de coordenação, pois, segundo ela, será preciso implementar algumas mudanças em breve. Para isso, a docente tem pesquisado sobre outras realidades. “Eu avalio que a participação no congresso foi muito positiva, não só pelos trabalhos apresentados e troca de experiências, mas também pelas palestras”, conclui.
Na opinião de Bárbara Magalhães, o CBQ representa o evento de maior divulgação científica da área. “Ele oportuniza estabelecer parcerias com outros campi e outras instituições, uma vez que reúne estudantes e profissionais de todo o país, além de compartilhar as experiências, tanto na área do ensino quanto da pesquisa”, destaca a docente, que afirma também ter participado de minicursos, palestras e debates que lhes trouxeram ideias inovadoras, passíveis de aplicação no Ifal Penedo.
(*) Sob a supervisão de Lidiane Neves