Participação de estudantes do Ifal Penedo em competição nacional de kungfu rende três pratas

Por Imarlan Gabriel (estagiário de Jornalismo)*

Os estudantes do Instituto Federal de Alagoas (Ifal) - Campus Penedo Rychard Albert de Araújo Pereira, Jennyfer Vitória Maria de Araújo Pereira e Elieltow Durval da Silva participaram, de 12 a 16 de outubro, da 32ª edição do Campeonato Brasileiro Kungfu Wushu (CBKW). As disputas aconteceram na cidade de Goiânia (GO), reunindo atletas de cerca de 20 estados da Federação.

Alunos do ensino técnico integrado ao médio, todos os três integraram a equipe que representou Alagoas no maior evento nacional da modalidade. Acompanhados pelo professor Jadson Lira, da Associação Alagoana de Artes Marciais Chinesas – Amachi, a participação rendeu três medalhas de prata, duas delas conquistadas por Rychard Albert e uma por Jennyfer Vitória, que no ano passado já havia sido medalhista no CBKW.

Em reconhecimento, o grupo de jovens atletas, também formado por outra estudante da cidade, Bruna Barbosa, recebeu na semana passada uma homenagem da Câmara de Vereadores de Penedo. O medalhista Rychard, que cursa o 1° ano do curso técnico em Meio Ambiente, mostrou que o talento é de família, já que Jennyfer, aluna do 3º ano de Química, é sua irmã e o incentivou a ingressar no esporte.

Já o aluno do 2° ano de Química, Elieltow, por muito pouco, quase conseguiu um bronze, mas trouxe consigo o aprendizado e a experiência de ter participado da competição. Tanto Jennyfer quanto Elieltow são bolsistas do Programa de Incentivo às Práticas Artísticas e Desportivas (Pipad). Trata-se de uma iniciativa do Ifal vinculada à Assistência Estudantil, que concede bolsas mensais no valor de R$ 200,00 (duzentos reais) para que estudantes desenvolvam atividades nas áreas de Artes e Educação Física.

Trajetórias de cada estudante no CBKW

Rychard Albert de Araújo Pereira – As medalhas conquistadas pelo atleta prodígio de 15 anos foram nas modalidades taijiquan 16 e taijiquan armas curtas, na categoria juvenil. Ele também competiu na modalidade interno armas (facão). Esta foi a primeira vez que o estudante do Campus Penedo participou do campeonato, terminando a competição como o discente mais premiado da instituição de ensino, nesta edição.

Richard conta o quanto foi especial esta primeira experiência e fala como se sente honrado e orgulhoso em representar o campus e a sua localidade de origem. “Muito especial pra mim. Já por não ter ido ano passado, [esse] foi meu primeiro campeonato brasileiro de kungfu e estou muito orgulhoso de mim e da nossa equipe. Foi uma honra representar Alagoas, Penedo e o Ifal”, disse o atleta.

O aluno de Meio Ambiente também fala do apoio que toda a equipe recebeu do Campus Penedo e o incentivo que a instituição dá aos atletas. “O Ifal ajudou a todos com o suporte que deram. Gosto muito de estudar no campus. E espero que continuem nos apoiando e acreditando na nossa capacidade para a próxima competição que vier”.

Jennyfer Vitória Maria de Araújo Pereira - A aluna de Química, de 18 anos, inscrita na categoria adulta, competiu nas modalidades: facão, bastão e mãos do sul. A atleta teve que ter pique e segurar a ansiedade para disputar todas as três baterias que aconteceram no último dia de campeonato. Mesmo assim, Jennyfer não se abalou e conquistou a segunda colocação na modalidade mãos do sul. Ela explica como funciona a modalidade na qual conquistou a medalha de prata e dá detalhes sobre a arte de se fazer kungfu.

“A modalidade que venci é muito dinâmica. É uma luta. Você contra um adversário imaginário e você precisa dar tudo de si para demonstrar uma luta. Foi o que fiz. Na forma, que chamamos de “taulo” ou “kati”, aprendemos a defender e atacar, na hora da apresentação. Você precisa bater com firmeza e defender também. Kungfu é uma arte. Na hora de se apresentar, você precisa deixar tudo de lado e se concentrar na luta”, explicou a atleta.

Assim como os outros atletas, a estudante recebeu o suporte do Ifal Penedo para os treinos na capital alagoana com o professor Jadson Lira e a ajuda de custo para alimentação e transporte da cidade penedense até Maceió. “O campus sempre me apoiou nessa questão do esporte. Inclusive, ganho uma bolsa. Me patrocinaram ano passado e esse ano também. Me passaram boas energias e estou muito feliz por ter entrado nessa instituição que é uma mãe”, destacou a bolsista do Pipad.

Jennyfer também falou sobre o quão bom foi ter participado do campeonato e que houve muita cobrança de si mesma, e, mais ainda, após saber que por muito pouco poderia ter alcançado a primeira colocação. Ela aproveitou para contar sobre o respeito e a relação amigável que tem com os atletas adversários.

“Com toda certeza, foi incrível. Me cobrei muito, mas, no final, amei minha força e determinação. Me senti muito bem com minha nota, mas me cobrei muito quando fiquei em segundo lugar por 0,02 (dois centésimos). Tirando isso, é incrível a ‘vibe’ dos oponentes que, na verdade, se tornam amigos. Eles gritam e torcem por você. É muito incrível a sensação”, relatou ela.

Além do professor de Kung-fu, Jennyfer foi acompanhada da namorada, Bruna Barbosa Oliveira, de 17 anos, que também integra a equipe alagoana e conquistou duas medalhas de prata, nas modalidades: outras armas de interno e taijiquan padronizado, na categoria juvenil.

Elieltow Durval da Silva - O atleta, de 18 anos, conquistou a quarta colocação na modalidade taijichan, na categoria adulta. O estudante de Química também disputou nas modalidades Gun e taijiquan Padronizado. Segundo ele, a modalidade na qual conseguiu a posição mais alta tem o tempo de 3 a 4 minutos para finalizar a forma com 16 movimentos. “O atleta usa uma arma que se chama leque e faz movimentos lentos, calmos e expressivos”, explicou ele.

Faltando pouquíssimos pontos para conseguir o bronze, Elieltow não desanimou por não ter trazido medalha para casa. “A experiência que tive com a competição foi muito importante. Pretendo trazer medalha na próxima competição”, disse ele, já com planos para 2023. O estudante também citou a relevância em representar Penedo. “Para mim, foi de extrema importância porque, representar uma cidade histórica tão bela e o Estado de Alagoas, me exigiu foco, disciplina e treinamento. Tudo isso requer responsabilidade”, concluiu.

(*) Sob a supervisão de Lidiane Neves