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Neabi Penedo organiza lista de músicas para destacar trabalho de artistas indígenas

A playlist denominada Yvy nhendu (sons da terra) reúne 20 canções, das mais tradicionais aos gêneros contemporâneos.
por Lidiane Neves publicado: 04/05/2021 13h14, última modificação: 04/05/2021 13h41

Como parte das atividades do Motirõ: reconstruindo nações, evento alusivo ao abril indígena, o Núcleo de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas (Neabi) do Campus Penedo organizou uma lista de músicas e a disponibilizou na plataforma Spotify. Para conferir, CLIQUE AQUI.

A playlist denominada Yvy nhendu (sons da terra) reúne canções de artistas indígenas, das mais tradicionais aos gêneros contemporâneos. Há também músicas gravadas por outros artistas, nomes conhecidos no cenário musical brasileiro, que abordam temáticas ligadas aos povos originários do país, a exemplo de Alceu Valença, Caetano Veloso, Chico César, Djavan e Jorge Ben.

“A proposta foi justamente essa. Que a lista, preferencialmente, incluísse artistas indígenas cantando qualquer tipo de música, desde que não tivesse informação depreciativa. E, se houvesse artistas não indígenas, que as músicas abordassem a temática indígena de forma positiva”, explica o professor Marcos Paixão, coordenador do Neabi Penedo.

 A seleção das 20 músicas que compõem a playlist foi cuidadosamente realizada pelos alunos John Farley Santos Silva e Eliane Vyctórya Dantas Lira. A partir da ideia geral, os estudantes monitores incumbidos da tarefa deram o tom ao resultado.

“Queríamos apresentar algo mais original, tradicional. Mas, claro, com uma pitada de 'jovem' [risos], então começamos a pesquisar sobre as músicas contemporâneas indígenas no YouTube e também no Instagram. Buscamos também os artistas indígenas que cantavam na língua portuguesa ou em outras línguas, em diversos estilos musicais”, destaca Vyctórya.

“Foi um trabalho meio extenso por causa do material que não é tão facilmente fornecido nas plataformas em geral”, acrescenta a monitora. Mas, segundo ela, essa dificuldade foi o que tornou a busca mais interessante, pois a equipe teve que pesquisar a fundo para conseguir o material, indo, por exemplo, diretamente nas mídias sociais de músicos indígenas que não são tão conhecidos do grande público.

Vyctórya ainda destaca que, a partir da proposta de “levar os artistas indígenas e suas músicas para próximo das pessoas e, assim, dar ênfase ao talento que eles têm”, ela teve a oportunidade de fazer descobertas e se encantou com o que conheceu. “Foi tudo novo e foi um trabalho incrível porque eu não tinha noção da dimensão do quanto eles estavam inseridos na música brasileira. Pude conhecer e me apaixonei pelo que ouvi”, finaliza a estudante.

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