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Ifal Penedo sedia o 6ª Semtec e aproxima comunidade das pesquisas em Tecnologias Ambientais

Aberto nesta sexta-feira (5), evento do mestrado profissional do Ifal Marechal acontece pela primeira vez em outro campus
por Lidiane Neves publicado: 05/12/2025 21h59, última modificação: 06/12/2025 10h30

O Instituto Federal de Alagoas – Campus Penedo sediou, nesta sexta-feira (5), a 6ª edição do Seminário de Tecnologias Ambientais (Semtec), evento que pela primeira vez acontece fora do Campus Marechal Deodoro. A programação, gratuita e aberta ao público, marca a expansão das ações do Programa de Pós-Graduação em Tecnologias Ambientais (PPGTec) para outros territórios do Ifal, estimulando o debate científico e aproximando estudantes de diferentes níveis, servidores e comunidade externa das pesquisas desenvolvidas pelo mestrado profissional.

A abertura ocorreu no auditório da unidade anfitriã e contou com a participação dos diretores-gerais dos campi Marechal Deodoro e Penedo, Éder Souza e Felipe Thiago Souza, do coordenador do PPGTec, Joabe Melo, e do representante da Pró-reitoria de Pós-graduação, Pesquisa e Inovação (PRPPI) do Ifal, Cassiano Henrique de Albuquerque.

Em sua fala, Joabe Melo relembrou que o seminário surgiu em 2019 para dar visibilidade ao trabalho que o mestrado profissional vem construindo desde 2017. Segundo ele, a realização da edição deste ano em outro campus fortalece o compromisso do programa com a interiorização.

Joabe Melo (coordenador do PPGTec/Ifal), Cassiano Henrique (PRPPI/Ifal), Éder Souza (diretor-geral do Campus Marechal) e Felipe Thiago Souza (diretor-geral do Campus Penedo).“Queremos aproximar ainda mais os estudantes do Ifal do PPGTec, porque muitos ainda desconhecem o programa. Além disso, como temos professores de diferentes campi compondo o corpo docente, esse movimento fora de Marechal estimula novas adesões e o fortalecimento da pós-graduação”, afirmou.

Representando a PRPPI, Cassiano Henrique destacou o alcance crescente do programa. “A 6ª edição do Semtec mostra o quanto esse mestrado tem ganhado capilaridade. Outros campi já manifestaram interesse em receber o evento, que reúne estudantes do ensino médio, graduação e pós-graduação, professores e pesquisadores. Isso é fundamental para integrar a comunidade do Ifal. Para nós, é mais que um encontro acadêmico: é a união entre pesquisa, ciência, inovação e pessoas”, ressaltou, defendendo que o seminário siga se consolidando no cenário científico de Alagoas.

O diretor-geral do Campus Marechal Deodoro, Éder Souza, reforçou o apoio institucional. “Temos muito orgulho de ofertar esse mestrado e trabalhamos para que ele cresça, apesar dos desafios. No que depender da nossa gestão, continuará se fortalecendo”, garantiu.

Já o diretor-geral do Campus Penedo, Felipe Thiago, destacou a satisfação em receber o evento no município. “Essa troca de experiências é valiosa. Ela inspira os alunos do ensino médio a se envolverem em pesquisa e incentiva os de nível superior a verticalizarem sua formação, permanecendo no próprio instituto para cursar a pós-graduação”.

Palestra de abertura

Johnnatan Duarte de Freitas, professor e pesquisador do Campus Maceió e referência na área de Química, com ênfase em Síntese Orgânica e Produtos Naturais.Com o tema “Da Pesquisa à Inovação: caminhos e desafios da bioprospecção de recursos naturais”, a palestra que abriu as atividades do 6º Semtec foi conduzida pelo professor Johnnatan Duarte de Freitas, pesquisador do Campus Maceió e referência na área de Química, com ênfase em Síntese Orgânica e Produtos Naturais.

O docente iniciou explicando os conceitos de bioprospecção, que é o uso sustentável de recursos naturais na criação de novas tecnologias, e de biopirataria, caracterizada pela exploração ilegal e sem repartição de benefícios. Situou as pesquisas do PPGTec dentro dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU) e apresentou a trajetória de pesquisas desenvolvidas no Ifal por meio do Grupo de Pesquisa em Síntese, Análises Químicas e Caracterização de Materiais, destacando que a parceria entre o laboratório, o PPGTEC e outras instituições tem possibilitado avanços significativos.

Na ocasião, compartilhou exemplos de bioprospecção voltados às áreas ambiental, da saúde, da odontologia e da construção civil, muitos deles já convertidos em depósitos de patentes. “A pesquisa e a inovação caminham juntas. Temos que dar uso, colocar em prática o conhecimento que produzimos”, afirmou.

O professor também abordou os principais desafios legais, éticos e econômicos que permeiam a bioprospecção e enfatizou que parcerias estratégicas e financiamento público são decisivos para superar esses desafios.

 Segundo ele, o Ifal captou cerca de R$ 15 milhões em recursos de instituições como o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Alagoas (Fapeal) e a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), além de estar prestes a conquistar novos investimentos via Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii). “Isso permite investir em infraestrutura, ou seja, estruturar laboratórios com equipamentos de alta tecnologia para subsidiar o desenvolvimento das nossas pesquisas”, enfatizou.

Em suas considerações finais, reforçou que a bioprospecção tem enorme potencial para gerar inovação e promover desenvolvimento sustentável, desde que acompanhada de infraestrutura qualificada, políticas públicas e economia circular. “Sem pesquisa, não há inovação; sem inovação, não há avanço sustentável”, concluiu.

Continuidade da programação

 Ainda na tarde desta sexta-feira, o público acompanhou a mesa-redonda “Do PPGTec para o mundo: trajetórias exitosas e impactos da formação em Tecnologias Ambientais”, na qual quatro egressos do mestrado compartilharam experiências profissionais e os desdobramentos de suas pesquisas.

À noite, os participantes assistiram à palestra “Projeto Meros do Brasil: Educação Ambiental, Pesquisa e Conservação”, ministrada pelo oceanógrafo Tiago Albuquerque, mestre em Geologia Marinha e especialista em Ambientes Recifais.

O encerramento da programação noturna ocorreu com a mesa-redonda “Manguezais de Alagoas: políticas, ações e experiências educativas para a conservação”, conduzida pelos professores Alexandre Ricardo de Oliveira, Joabe Gomes de Melo e Renato de Mei Romero.

O 6º Semtec continua neste sábado (6), quando o corpo docente do PPGTec se reúne para definir o planejamento estratégico e os rumos do programa para o próximo ano.