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Ifal Penedo se organiza para realização de aulas de Geoprocessamento nos laboratórios
As turmas de 4º ano do curso técnico em Meio Ambiente serão as primeiras a cumprirem carga horária presencial no Campus Penedo. Essa prioridade está embasada na Portaria nº 2894, de 13 de setembro de 2021. No documento, a reitoria do Instituto Federal de Alagoas (Ifal) autoriza a oferta presencial das disciplinas que não foram trabalhadas por meio do Ensino Remoto Emergencial (ERE), no ano letivo de 2020, devido à natureza prática de seus conteúdos.
“No Ifal Penedo, tivemos apenas um componente curricular não ofertado de maneira remota no ano letivo anterior, que foi Geoprocessamento para os alunos de 3º ano de Meio Ambiente, hoje matriculados no 4º ano”, informou o chefe do Departamento de Ensino, Wellinghton Santos. “Essa foi uma decisão tomada em conjunto, com muita responsabilidade, por acharmos que os estudantes seriam muito prejudicados sem as condições materiais adequadas para o aprendizado”, completou a professora Bruna Machado.
A docente, que divide a carga horária da disciplina com o professor Lucas Suassuna, refere-se à necessidade de acesso dos estudantes a computadores com o programa QGIS, um software de sistema de informação geográfica que permite a visualização, edição e análise de dados georreferenciados.
“É uma condição imprescindível e a gente sabe que parte de nossos alunos só tem o celular ou tablet para acompanhar as aulas remotas e fazer as atividades. Poderíamos até ter dado apenas o conteúdo teórico e mostrado, a distância, como se trabalhar com o QGIS. Não atrasaria o calendário e seria inclusive mais fácil para nós docentes. No entanto, nosso compromisso com uma formação técnica de qualidade é maior e, por isso, decidimos aguardar”, justificou Bruna.
Planejamento
Desde que a portaria foi publicada, o Ifal Penedo vem trabalhando para que a oferta presencial de Geoprocessamento se concretize. Numa primeira reunião, da qual participaram Direção-Geral, Departamento de Ensino, coordenações de Formação Geral e de Meio Ambiente, professores da disciplina e representantes da Comissão de Retorno à Presencialidade, foram levantadas todas as demandas de ordem prática.
“No quesito infraestrutura e logística para atendimento dos protocolos de segurança sanitária, já dispomos de uma série de itens, como pias na entrada do campus, dispensers com álcool em gel, termômetros para aferição de temperatura, tapetes sanitizantes e máscaras do tipo face shield”, destacou o diretor-geral, Felipe Thiago Souza.
Para a realização das aulas, serão disponibilizados os dois laboratórios de informática, de maneira a acomodar os estudantes sem prescindir da distância mínima de um metro recomendada. Quanto ao número de máquinas, a pedido da Direção-Geral, o setor de Tecnologia da Informação (TI) já fez um levantamento inicial e a previsão é que, até a próxima semana, os computadores passem por manutenção e 26 estejam aptos.
“Além do trabalho de organização dos ambientes para garantia das condições de biossegurança, que será feito pela Comissão de Retorno à Presencialidade, precisamos pensar nas ações para acolhimento dos estudantes que retornarão ao campus nesse primeiro momento, algo que será planejado junto ao Apoio Acadêmico e Assistência Estudantil”, acrescentou Felipe Thiago.
A viabilidade de deslocamento dos alunos dessas turmas que residem em outras cidades ou povoados de Penedo também foi um ponto de pauta, considerando que o transporte escolar que utilizavam antes da pandemia ainda não foi regularizado. “Dos cerca de 50 estudantes que compõem os quartos anos de Meio Ambiente, nove teriam dificuldades para vir até o campus e já estamos nos organizando para garantir esse deslocamento para finalização do componente curricular pendente”, adiantou o diretor-geral.
Proposta acordada
Para definir como a carga horária da disciplina de Geoprocessamento será cumprida, uma segunda reunião ocorreu na última quarta-feira, 22, com a participação dos estudantes. Na proposta acordada, as aulas acontecerão duas vezes por semana, às terças e quartas-feiras, no contraturno do horário letivo 2021, a partir das 10h40 para a turma vespertina e das 14h40 para a matutina. “Serão quatro horas divididas em dois dias durante 10 semanas, para que a gente feche as 40 horas”, detalhou a professora Bruna Machado.
“Conseguimos também fechar com os discentes a previsão de início dessas aulas para o dia 5 de outubro e vamos nos esforçar para que, até lá, todas as etapas exigidas no plano de ação da Portaria nº 2894 sejam cumpridas”, reforçou o chefe do Departamento de Ensino, Wellinghton Santos. A reunião com os estudantes foi gravada e será disponibilizada pelo coordenador do curso de Meio Ambiente, Pablo Pinheiro, aos representantes das turmas envolvidas, para que os demais alunos que não puderam participar tenham acesso a todos os detalhes discutidos.