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Ifal Penedo busca cooperação da prefeitura para viabilizar alimentação escolar noturna
Gestão pretende atender demanda com implantação do PNAE no âmbito do campus.
A Direção-Geral do Ifal Penedo reuniu-se com representantes da prefeitura do município para tratar da implantação do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) no campus. O encontro aconteceu entre o diretor-geral Felipe Thiago Souza e o vice-prefeito Ronaldo Lopes, com a participação da nutricionista do Ifal, Lidiane de Almeida, e do secretário municipal de Agricultura, Messias Lima, para discussão dos aspectos técnicos da pauta.
A implantação do PNAE no âmbito do campus está sendo discutida como solução a curto prazo para atender a demanda de alimentação escolar das turmas noturnas, já que o atual contrato com a empresa que administra o refeitório contempla apenas o serviço de almoço. “Trata-se de uma demanda que vem desde 2017, quando o Ifal Penedo iniciou as atividades do curso técnico em Química subsequente ao ensino médio”, contextualizou Felipe Thiago, acrescentando que, como a licitação para o funcionamento do refeitório tramitou antes da abertura do curso, o processo não previu essa demanda.
Segundo ele, até que o atual contrato do refeitório vença, a alternativa encontrada é a aplicação do recurso anual do PNAE, até então não utilizado pelo campus. A viabilidade dessa iniciativa já vem sendo estudada pelo Serviço de Alimentação e Nutrição Escolar (Sane) desde o primeiro semestre deste ano, inclusive com a realização de reuniões com agricultores familiares e empreendedores rurais de Penedo e de cidades vizinhas. “A ideia é lançar uma chamada pública para aquisição de gêneros alimentícios 100% oriundos da agricultura familiar, já prontos para consumo, e servi-los ao corpo discente noturno, cuja estimativa é de 90 alunos”, esclareceu a nutricionista.
Durante a reunião, foi apresentada aos representantes da prefeitura a previsão do cardápio. A partir do recurso do PNAE disponível, cerca de R$ 230 mil, a chamada pública a ser lançada divide os gêneros alimentícios em cinco lotes: frutas; polpas de fruta para sucos; pães, bolos e biscoitos; laticínios; e não perecíveis (açúcar). “Estamos com o documento pronto, no entanto, esbarramos na limitação de recursos humanos, pois a oferta do serviço depende da existência de um profissional que o operacionalize”, disse Lidiane.
Na ocasião, a servidora responsável pelo Sane explicou que esse profissional seria uma espécie de merendeiro, alguém que se encarregue de receber, pré-higienizar, controlar e armazenar a matéria-prima em despensa seca ou câmara fria; prepare os sucos; distribua os alimentos aos estudantes; e higienize os utensílios utilizados. “É nesse contexto que estamos buscando a cooperação da prefeitura, para que o poder público municipal supra essa nossa carência de recurso humano na área de alimentação escolar”, ressaltou o diretor-geral do campus.
Segundo o vice-prefeito de Penedo, o Poder Executivo tem todo o interesse em fazer o PNAE funcionar no Ifal, porque a iniciativa fortalece o desenvolvimento sustentável do município. “Nas escolas municipais e estaduais, a gente já tem o programa funcionando muito bem, como resultado das ações de incentivo ao empreendedorismo rural e à organização de cooperativas. Então, implantação do PNAE no Ifal só tem a agregar”, destacou Ronaldo Lopes, que, juntamente ao secretário municipal de Agricultura, comprometeu-se a dar um retorno ao campus, depois de melhor avaliar a viabilidade técnica e burocrática para atendimento da demanda.