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Grupo do Campus Penedo leva Campanha do Laço Branco ao 11º Connepi

A ação aconteceu na noite de abertura do evento, 6 de dezembro, data que marca 27 anos do massacre contra estudantes mulheres no Canadá.

publicado: 12/12/2016 09h00, última modificação: 17/01/2017 09h55

Denominada Campanha do Laço Branco, a campanha mundial que incentiva a mobilização do público masculino para essa luta foi levada ao 11º Congresso Norte-Nordeste de Pesquisa e Inovação (Connepi) pelo Grupo de Pesquisa em Gênero e Sexualidade (Gênese) do Ifal Penedo.

A ação aconteceu na noite de abertura do evento, 6 de dezembro, data que marca 27 anos do massacre contra estudantes mulheres, ocorrido na Escola Politécnica de Montreal, no Canadá. Alunas e alunos que integram o Gênese conversaram com participantes do Connepi para explicar a iniciativa e distribuíram panfletos e fitas em alusão à campanha.

Um dos alcançados pela iniciativa foi o estudante do Instituto Federal da Paraíba (IFPB), Hirley Pinheiro de Souza, que elogiou a preocupação do Ifal em dar visibilidade ao tema da violência contra a mulher durante a realização de um evento com a participação de pessoas de vários estados do país. “É importante que homens também se engajem nessa causa, não para roubar o protagonismo da mulher, mas para fortalecer a luta”, opinou.

Essa é a segunda vez que o Gênese realiza a campanha. Em 2015, foram promovidas intervenções no Ifal Penedo e na zona comercial do município onde o campus está instalado. Para a ação deste ano no Connepi, o grupo de pesquisa contou com a parceria do Comitê Pró-Equidade do Ifal.

História do massacre - No dia 6 de dezembro de 1989, um rapaz de 25 anos invadiu uma sala de aula da Escola Politécnica, na cidade de Montreal, no Canadá, e ordenou que os homens (aproximadamente 48) se retirassem da sala, permanecendo somente as mulheres. Gritando “vocês são todas feministas!?”, o rapaz começou a atirar enfurecidamente e assassinou 14 mulheres. Em seguida, suicidou-se. O assassino deixou uma carta na qual afirmava que havia feito aquilo porque não suportava a ideia de ver mulheres estudando engenharia, um curso tradicionalmente dirigido ao público masculino.

O crime mobilizou a opinião pública de todo o país, gerando amplo debate sobre as desigualdades entre homens e mulheres e a violência gerada por esse desequilíbrio social. Foi então que um grupo de homens do Canadá decidiu se organizar para dizer que existem homens que cometem a violência contra a mulher, mas existem também aqueles que repudiam essa atitude. Eles elegeram o laço branco como símbolo e adotaram como lema: jamais cometer um ato violento contra as mulheres e não fechar os olhos frente a essa violência.

Laço Branco – Durante o primeiro ano da Campanha do Laço Branco (White Ribbon Campaign): homens pelo fim da violência contra a mulher, foram distribuídos cerca de 100 mil laços entre os homens canadenses, principalmente entre os dias 25 de novembro e 6 de dezembro, semana que concentra um conjunto de ações e manifestações públicas em favor dos direitos das mulheres e pelo fim da violência.

No Brasil, algumas iniciativas começaram a ser delineadas em 1999. Com objetivo de ampliar cada a rede, em 2001 houve o lançamento oficial da campanha com a promoção de diferentes atividades, entre elas a distribuição de laços brancos, camisetas e folhetos informativos, realização de eventos públicos, caminhadas, debates, oficinas temáticas, entrevistas para jornais e revistas, coleta de assinaturas e termos de adesão à campanha etc. O desenvolvimento dessas atividades ocorreu em parceria com diferentes instituições, particularmente, organizações do Movimento de Mulheres.

Com informações do site oficial da campanha: http://lacobrancobrasil.blogspot.com.br/.

Veja mais fotos da ação na página do Facebook do Ifal Penedo.