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Estudo da eletroquímica rende experimentos em turmas de Açúcar e Álcool

Trabalho proposto pela professora Edriane Teixeira integrou turmas de 3º e 4º ano do curso técnico.

publicado: 04/05/2018 16h14, última modificação: 04/05/2018 16h50
Exibir carrossel de imagens Emily Carla e Bruna Ramos, do 3º ano (turma 2015 A).

Emily Carla e Bruna Ramos, do 3º ano (turma 2015 A).

Um assunto comum às disciplinas de Química Analítica e Química Aplicada integrou as turmas de 3º e 4º ano do curso técnico em Açúcar e Álcool em uma atividade prática proposta pela docente Edriane Teixeira. A partir das explicações em sala de aula sobre eletroquímica, o desafio dado aos estudantes foi apresentar algum experimento que resultasse na transformação de energia química em energia elétrica. A atividade rendeu 15 experimentos que mesclaram entendimento do assunto, criatividade e reutilização de materiais recicláveis.

A eletroquímica estuda as reações químicas que produzem corrente elétrica através de reações chamadas de oxidação e redução ou que ocorrem por intermédio do fornecimento de corrente elétrica, conhecidas como eletrólise. “Trata-se de algo muito presente no dia a dia. São essas reações que explicam o funcionamento de pilhas e baterias utilizadas em aparelhos eletrônicos”, explicou a professora. Os experimentos apresentados envolveram os dois processos (oxidação-redução e eletrólise) e conseguiram gerar um potencial de corrente elétrica que variou entre 2 e 4 volts. “A voltagem obtida sofre influência direta do potencial e concentração dos elementos utilizados”, completou Edriane.

No grupo em que estavam as alunas Emily Carla e Bruna Ramos, por exemplo, foram utilizados papel alumínio, fio de cobre e hipoclorito de sódio (água sanitária). “Nesse caso, foi a solução aquosa a ponte de transferência de elétrons”, esclareceu uma das estudantes, que obtiveram êxito na tentativa de acender uma lâmpada pingo. Outros experimentos semelhantes usaram placas de zinco e cobre, água e cloreto de sódio (sal de cozinha).

As alunas Alana Mayara e Layane Vieira inovaram fazendo uma ponta de grafite 0.5 emitir luz.Já as alunas Alana Mayara e Layane Vieira inovaram fazendo uma ponta de grafite 0.5 emitir luz. Elas usaram oito pilhas D, fio de cobre e grafite, além de outros materiais que serviram de estrutura ao experimento, como prendedores jacarés e um béquer (recipiente simples de vidro utilizado em laboratório). “O que ocorre é que o carbono resiste à passagem de elétrons de um polo ao outro e emite luz. A diferença de potencial positivo e negativo é o que gera a corrente elétrica”, explicou a professora de Física, Andressa Nunes, convidada para assistir às apresentações.

Aprender fazendo – O desenvolvimento de atividades práticas contribuem para o interesse dos estudantes no assunto estudado e a equipe docente do Ifal Penedo costuma se utilizar do método para melhorar o processo de ensino-aprendizagem. “É sempre interessante desenvolver essas atividades porque vejo que os alunos assimilam melhor o conteúdo quando aplicado em alguma prática, e o Instituto tem o diferencial de contar com uma infraestrutura que favorece esse tipo de aula”, disse Edriane, referindo-se aos laboratórios.

Equipe conseguiu acender uma lâmpada fluorescente pequena a partir do campo eletromagnético criado.Os estudantes do grupo formado por Bruno Geovanio, Istefanny Guimarães, Milene Pedro, Tiago Lira e Wellysson Silva compartilharam da opinião da professora. “Antes de construir algo, a gente precisa fazer pesquisas na internet e em outros livros, ampliando nosso conhecimento sobre o assunto”, afirmou Bruno, cuja equipe conseguiu acender uma lâmpada fluorescente pequena a partir de um campo eletromagnético criado com cano de PVC revestido de cobre, pilha de 9 volts, fios de cobre e interruptor.

O aprendizado parece ocorrer, inclusive, quando o experimento não surte o efeito desejado. Foi o caso do grupo composto pelos alunos Alisson Felipe, Ícaro Vinícius, Matheus Brandão e Thiago de França, que montaram uma estrutura com latas de alumínio, fios de cobre, papel e água sanitária para fazer funcionar o motor de uma espécie de miniventilador acoplado a uma caixa térmica com gelo. “Não deu certo, mas a gente identificou os erros e aprendeu sobre o que seria necessário para gerar um potencial maior de corrente elétrica”, concluiu Matheus.