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Estudantes do Campus Penedo conhecem oportunidades de intercâmbio no exterior
Interessados em conhecer os caminhos que tornam possível a realização de um intercâmbio no exterior, e também ouvir relatos de quem viveu essa experiência recentemente, estudantes do Campus Penedo participaram, na última quarta-feira, 30, de um encontro especial. O evento foi promovido pela Coordenação de Relações Internacionais (CRI) do Instituto Federal de Alagoas (Ifal), dando início a um ciclo de visitas aos campi, com a proposta de ampliar o acesso dos alunos, especialmente do interior, às informações sobre oportunidades de estudos fora do país.
No auditório do Ifal Penedo, após a apresentação feita pelo grupo Artifal Música, os participantes puderam acompanhar a explanação da coordenadora da CRI, Selma Bezerra, sobre as instituições que fomentam, através de programas de mentoria ou editais com bolsa, o intercâmbio de estudantes brasileiros, do nível médio ao superior, em outros países.
“Não estou aqui para vender sonhos, mas para plantar sementinhas e mostrar que é possível ter a experiência de viajar para estudar. Mesmo não sendo um percurso fácil, é algo que está ao alcance de vocês, estudantes de qualquer unidade do Ifal”, disse Selma, ao destacar que o perfil desejado por essas instituições de fomento é justamente o de quem estuda nos institutos federais, por se tratar de alunos que se destacam academicamente e que não têm condições financeiras de bancar uma experiência de mobilidade estudantil internacional.
Entre as opções de orientação especializada e gratuita para quem quer se candidatar para universidades estrangeiras, a coordenadora de Relações Internacionais citou a LALA University Placement, voltada para jovens da América Latina com interesse em fazer intercâmbio nos Estados Unidos (EUA); Campus France, agência oficial do governo francês; e Go Brasa, uma organização sem fins lucrativos formada por brasileiros que estudam no exterior. “Há também o Líderes Estudar, programa da Fundação Estudar, que cobra uma taxa de inscrição para participar de seu processo seletivo, mas após a seleção, todo o suporte dado pelo programa é gratuito”, acrescentou Selma.
Quanto aos editais que ofertam oportunidades de vivência estudantil internacional, estão o SUSI (Study of the U.S. Institutes), patrocinado pelo governo dos EUA para estudantes de graduação; o Programa Jovens Embaixadores, iniciativa da Embaixada dos EUA no Brasil que seleciona alunos de escolas públicas com perfil de liderança, empreendedorismo e comprometimento social; o Power4Girls, destinado a alunas de escolas técnicas e tecnológicas públicas que estão cursando o ensino médio; e o TechGirls, que visa incentivar jovens mulheres de 15 a 17 anos a seguirem carreiras nas áreas de ciência, tecnologia, engenharia e matemática.
“E agora também temos o edital do Conif, que está com inscrições abertas até 3 de novembro para selecionar estudantes com interesse em fazer um intercâmbio de três meses na Colômbia, a partir de março de 2025”, informou Selma, referindo-se ao Programa Cidadão Global lançado este ano pelo Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica. Nesta primeira edição, serão selecionados cinco estudantes, um de cada região do país, sendo três de nível médio e dois de nível superior.
Ações internas de fomento
No âmbito do Ifal, Selma Bezerra destacou que também há ações para promover a formação integral dos alunos e expandir seus horizontes por meio de experiências acadêmicas fora do país. “A busca de parcerias é constante. No ano passado, conseguimos lançar o edital que selecionou dois estudantes de graduação para o Programa de Mobilidade Internacional do Instituto Politécnico de Guarda (IPG), em Portugal. A ideia era abrir novamente a seleção este ano, mas por questões orçamentárias não conseguimos”.
O intercâmbio viabilizado pelo Ifal em terras lusitanas ocorreu entre fevereiro e julho de 2024. A aluna Adenilma Maria de Menezes, do Campus Palmeira dos Índios, e o aluno Levy Cesar Silva, do Campus Maceió, receberam auxílio financeiro para as despesas referentes a passagens aéreas e terrestres, moradia, alimentação, dentre outras essenciais. Tiveram também garantida a gratuidade nas mensalidades cobradas pelo IPG. Já os custos com a obtenção de passaporte, visto e seguro ficaram sob a responsabilidade dos estudantes.