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Pesquisa: equipe de projeto aplica questionário sobre ensino remoto e desigualdades
Encontra-se em andamento no Instituto Federal de Alagoas – Campus Penedo uma pesquisa científica que visa analisar os níveis de desigualdade agravados pelo contexto da pandemia no processo de implementação do Ensino Remoto Emergencial (ERE). Para coletar os dados a serem analisados, a equipe do projeto está aplicando um questionário entre o corpo discente e pede que os estudantes dos cursos técnicos acessem o link abre.ai/erepesquisapenedo, até o dia 15 de outubro.
“Como se trata de pesquisa realizada com seres humanos e, em grande parte, menores de idade, a aplicação do questionário será feita a partir do envio do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE)”, explica a professora de História que coordena o projeto, Eliza Vianna. A docente informa que o link disponibilizado já traz como primeira pergunta a anuência a esse termo e, caso o estudante seja menor de idade, é também necessário o preenchimento do campo específico pelo responsável legal.
Vinculada ao Núcleo de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas (Neabi), a pesquisa traz como principal hipótese a concepção de que o contexto da pandemia de Covid-19, vivenciado no Brasil desde março de 2020, ocasionou o agravamento das desigualdades sociais, considerando seus gradientes de gênero, raça e classe.
“No que diz respeito ao acesso à educação, especificamente, a necessidade de suspensão das aulas presenciais, como medida de prevenção, e a implementação do ERE, como alternativa para a garantia do direito à educação, intensificou desigualdades existentes no processo de ensino-aprendizagem”, pressupõe a professora Eliza, que conta com a colaboração da aluna Emilly Teles no desenvolvimento da pesquisa.
A metodologia utilizada compreende uma comparação entre dados públicos sobre a pandemia e o agravamento das desigualdades e dados específicos sobre o corpo discente do Ifal Penedo, disponibilizados pelo setor de Serviço Social e coletados em questionários específicos, como os que estão sendo aplicados pelas pesquisadoras na fase atual do projeto. A dupla vem trabalhando nesse estudo desde maio, para concluir o cronograma de atividades até o final de 2021, com a análise quantitativa e qualitativa de todos os dados levantados e a produção do relatório final.