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De casa para o Ifal: mães e filhas compartilham rotina como alunas do Campus Penedo

Neste Dia das Mães, Gisleide dos Santos e Renata Mineiro, mães de Fátima Giovanna e Natalia, contam como é estudar na mesma instituição.

publicado: 12/05/2019 08h56, última modificação: 02/05/2024 15h07
Exibir carrossel de imagens Fátima Giovanna e Gisleide fazem cursos diferentes e desenvolvem projetos de extensão juntas.

Fátima Giovanna e Gisleide fazem cursos diferentes e desenvolvem projetos de extensão juntas.

Em seus quase 10 anos de existência em um município com uma população estimada em aproximadamente 64 mil habitantes, não é incomum que no Instituto Federal de Alagoas – Campus Penedo os alunos tenham familiares que estudam ou que já passaram pela unidade de ensino. As histórias entre irmãos e primos, por exemplo, são várias. Menos comuns, casos de pais e filhos também fazem parte desse contexto. Para este domingo (12), Dia das Mães, as protagonistas da história são as alunas Gisleide dos Santos e Renata Mineiro Abich, respectivas mães das estudantes Fátima Giovanna e Natalia Mineiro Ribeiro.

Renata, 42 anos, e Natalia, 20, são alunas do mesmo curso técnico – Química subsequente ao ensino médio –, mas estão em períodos letivos diferentes. “Eu estava há muito tempo sem estudar, fazia uns 24 anos que concluí o ensino médio e queria muito fazer o Enem, mas tinha medo. Foi então que a Natalia me falou do curso técnico noturno e me encorajou a tentar a seleção do Ifal para ingresso no segundo semestre de 2018. Fiz como uma forma de testar meus conhecimentos e acabei sendo aprovada”, conta Renata, que está no 2º período do curso.

A filha Natalia ingressou um semestre depois. “A gente ainda não consegue estudar juntas em casa porque minha mãe trabalha, tem as atividades dela durante o dia e os horários não batem com os meus quando sento para estudar”, afirma a jovem, acrescentando que ainda pretende aproveitar melhor o que a mãe tem para oferecer em matéria de conhecimento em algumas áreas. “Ela sempre foi muito boa em Exatas, diferente de mim, que acho a Química difícil, porém muito necessária porque pretendo fazer faculdade de Medicina. Inclusive, esse foi um dos motivos que me fez decidir fazer o curso técnico. Quem sabe em dois anos de curso eu não supere todas as dificuldades nessa área, não é mesmo?”, brinca a estudante, que em 2014 chegou a ingressar no curso de Açúcar e Álcool integrado ao ensino médio, porém desistiu da formação após o primeiro ano de atividades.

Natalia e sua mãe Renata Mineiro cursam o técnico em Química Subsequente, mas estão em períodos diferentes.Quanto à relação das duas dentro do Ifal, mãe e filha dizem achar engraçada. “A gente vem juntas para o Ifal. Às vezes, ela vem só me buscar ou me trazer, e não costumamos espalhar nosso grau de parentesco para a escola inteira. De vez em quando, ficamos juntas na hora do intervalo e há pessoas que perguntam, mas ela não gosta que eu a chame de mãe aqui”, revela rindo. “É que eu brinco dizendo que sou muito jovem para ter uma filha dessa idade e que é quase minha colega de sala”, completa Renata, que tem mais dois filhos, sendo um rapaz mais velho, de 27 anos, e uma menina, de 8 anos.

Parceria – Com Gisleide, 39 anos, e Fátima Giovanna, 16 anos, a parceria de estudos já acontecia antes da vida no Ifal. “Começou com minha mãe estudando para concursos e eu para o Exame de Seleção. Sempre foi uma ajuda mútua que vivenciamos até hoje”, afirma a jovem, que está no 3º ano do curso técnico em Açúcar e Álcool. A mãe é aluna da graduação em Letras Português, ofertada pelo Campus Penedo na modalidade a distância, por meio da Universidade Aberta do Brasil (UAB).

Embora estejam em cursos diferentes, além de compartilharem uma rotina de estudos em casa, elas desenvolvem juntas dois projetos de extensão: “Acompanhando a produção de redações na escola”, orientado pela professora Kleyse Galdino, e “Reforço escolar na comunidade: leitura, escrita e cálculos matemáticos”, sob a orientação do professor Adriano Freitas. “No primeiro, eu sou a bolsista junto com dois colegas de curso e a Giovanna é a voluntária. Já no outro, ela é a bolsista e eu colaboro como voluntária”, explica Gisleide.

“Como a gente sempre fez tudo juntas, quando estamos nas atividades dos projetos, as coisas acontecem de forma muito natural. Até esquecemos que somos filha e mãe”, diz a adolescente, que afirma gostar de acompanhar a mãe em tudo o que faz. “De vez em quando, até as aulas de meu curso aos sábados ela assiste comigo. Vive agarrada no meu pé”, finaliza a mãe, orgulhosa da relação de parceria e cumplicidade que mantém com sua única filha.