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Connepi: temáticas relacionadas à mulher são destaque em trabalhos do Ifal Penedo

A maioria dessas apresentações resulta de projetos desenvolvidos pelo grupo de pesquisa Gênese, em atividade desde 2015.

publicado: 13/12/2016 08h52, última modificação: 17/01/2017 09h54

Dos 16 trabalhos do Ifal Penedo apresentados no 11º Congresso Norte-Nordeste de Pesquisa e Inovação (Connepi), seis tiveram como foco de estudos temáticas relacionadas à mulher. A maioria das apresentações – cinco no total – resulta de projetos desenvolvidos por integrantes do Grupo de Pesquisa em Gênero e Sexualidade (Gênese), em atividade no Campus Penedo desde 2015.

Três dos trabalhos ligados ao Gênese são dedicados à análise do perfil dos servidores do Instituto Federal de Alagoas, sendo cada um com um enfoque no que se refere aos ambientes laborais. “Começamos com a reitoria, que foi nossa primeira pesquisa realizada no ano passado, e hoje temos mais dois projetos de iniciação científica: um deles estende essa análise para todos os campi do Ifal e o outro trata especificamente das pessoas que ocupam cargos de poder ou decisão no instituto”, explicou a psicóloga Bárbara Guerreiro, integrante do grupo.

Em todos, o intuito é saber se há igualdade de oportunidades e equidade de gênero no âmbito laboral do Ifal. O método de trabalho envolve levantamento bibliográfico sobre o tema nos portais da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e SciELO (Scientific Electronic Library Online); identificação de documentos políticos de domínio público que fazem referência ao processo de enfrentamento das desigualdades de gênero; e construção do diagnóstico da situação laboral de servidores e servidoras, com o apoio da Diretoria de Gestão de Pessoas do Ifal no fornecimento de informações.

Ainda relacionado à equidade de gênero, pesquisadoras do Gênese apresentaram a experiência de adesão do Ifal ao Programa Pró-Equidade de Gênero e Raça, iniciativa do governo federal lançada em 2005 sob a coordenação da Secretaria de Políticas para as Mulheres. Dentre os institutos que compõem a Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, o Ifal foi o primeiro, e até então o único, a aderir ao programa que tem como objetivos difundir novas concepções na gestão de pessoas e na cultura organizacional, combater as dinâmicas de discriminação e desigualdade de gênero e raça praticadas no ambiente de trabalho e, assim, abrir espaço para a promoção da igualdade no que diz respeito às relações formais de trabalho e à ocupação de cargos de direção.

“A adesão, que é voluntária, aconteceu no primeiro semestre deste ano, mediante o cumprimento de alguns requisitos, entre eles, a criação de um comitê gestor e de um plano composto por dez ações a serem executadas no prazo de dois anos”, explicou a estudante que apresentou o trabalho no Connepi, Layane Ananias. Segundo ela, a execução do plano dará condições para que o Ifal conquiste o Selo Pró-Equidade de Gênero e Raça. “O selo é apenas um reconhecimento simbólico. Os ganhos que o instituto terá com essas medidas serão bem maiores”, concluiu.

A mulher e o jornal – O quinto trabalho ligado ao Gênese tem como intuito traçar o perfil de dois jornais femininos que circularam na cidade de Penedo (AL), na primeira década do século XX: A Flor e Alvorada. “O trabalho é realizado a partir de uma perspectiva de gênero, que permite compreender, dentro de um determinado quadro histórico-cultural, a natureza dos papéis sociais atribuídos a homens e a mulheres”, informou o orientador da pesquisa em andamento, Aguimário Pimentel.

Empoderamento da mulher – De autoria do professor do Ifal Penedo, Felipe Thiago Souza, juntamente com a estudante da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), Luzia Dalila Rodrigues Santos, o trabalho intitulado “Empoderamento da mulher através do Programa Mulheres Mil: a experiência no município de Igreja Nova-AL” levou ao Connepi os resultados de entrevistas realizadas com alunas do curso Operadora de Beneficiamento de Pescado, ofertado através do programa do governo federal Mulheres Mil.

As entrevistas aconteceram antes e após a conclusão do curso, com o objetivo de avaliar o efeito da implementação do programa na promoção social e econômica do público-alvo. Segundo os pesquisadores, os resultados demonstraram o empoderamento das mulheres na perspectiva de atitude, igualdade de gêneros, autodeterminação e emancipação, contribuindo de maneira promissora e eficaz na diminuição da desigualdade social, econômica e cultural.