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Campus Penedo investe em novos equipamentos para laboratórios
Apesar do cenário ainda incerto sobre a retomada das atividades nos laboratórios do Ifal Penedo, esses espaços de ensino e pesquisa têm sido movimentados nos últimos meses. Os protagonistas desse fluxo, no entanto, não são pessoas. A recente movimentação se deve à chegada de novos equipamentos comprados pela instituição em 2020.
As aquisições resultam de uma iniciativa da gestão do campus em redirecionar parte da verba de custeio do orçamento do ano passado, não utilizada devido à suspensão das atividades presenciais desde março. “Como houve redução das despesas de manutenção, e foi possível converter o crédito de custeio em crédito de capital, conseguimos investir na melhoria da estrutura de nossos laboratórios”, explica o diretor-geral Felipe Thiago Souza.
Conforme os dados do Departamento de Administração, o valor economizado pelo Ifal Penedo, ao longo de 2020, somou aproximadamente R$ 600 mil. Desse montante, cerca de R$ 220 mil foram investidos em equipamentos para os laboratórios de Química Analítica e Instrumental, Química Orgânica, Química Geral e Microbiologia.
Desde o levantamento das demandas até a realização dos processos de compra, o trabalho envolveu vários servidores das áreas acadêmica e administrativa. Os equipamentos adquiridos, e distribuídos de acordo com a finalidade de cada laboratório, incluem itens inéditos para o campus. É o caso do fotômetro, liofilizador*, contador de colônia e bloco digestor*.
Outros foram comprados para substituir aparelhos danificados ou para ampliar a quantidade já disponível. Neste grupo, estão os medidores de pH, refratômetros*, chapas de aquecimento e balanças analíticas. O investimento contemplou ainda versões atuais e, portanto, com funcionalidades mais completas de equipamentos que o campus já dispunha, a exemplo do condutivímetro e do espectrofotômetro UV-VIS.
“De um modo geral, seja para modernização, substituição ou aumento do número, a aquisição desses equipamentos traz para a instituição um impacto positivo, porque otimiza a capacidade dos laboratórios para quem desenvolve pesquisas e facilita a realização das aulas práticas, melhorando sua dinâmica ao permitir a formação de mais grupos por turma para uso desses espaços de aprendizagem”, ressalta o técnico em laboratório da área de Química, Jean Nascimento.
Vidrarias
Além da chegada desses equipamentos, os laboratórios estão recebendo novas vidrarias, itens indispensáveis na rotina desses espaços, para a realização de análises, separação de misturas, reações e testes. O valor total do investimento foi de cerca de R$ 30 mil e, assim como os equipamentos, os utensílios de vidro já recebidos pelo campus foram distribuídos entre os laboratórios de Química Analítica e Instrumental, Orgânica, Geral e Microbiologia.
Segundo o técnico Jean, a variedade e quantidade adquirida permitem que as demandas das aulas práticas ou de experimentos científicos desenvolvidos no campus sejam melhor atendidas. “Em caso de duas ou três aulas de laboratório ocorrendo ao mesmo tempo ou seguidamente, com o quantitativo de antes, não dava tempo de lavar vidraria, arrumar bancada e ter tudo à disposição para todos os grupos. A partir de agora, essas novas aquisições ajudam nesse processo”.
Doação de equipamento
Somados aos equipamentos comprados pelo campus, o Laboratório de Química Analítica e Instrumental também contará em sua estrutura com um espectrofotômetro de absorção atômica, novidade que resulta de uma doação do Ifal Satuba. Trata-se de um aparelho de alto valor financeiro, que permite a análise quantitativa e qualitativa de elementos metálicos em soluções líquidas, gasosas e sólidas. Embora já tenha chegado ao campus, sua instalação depende de adequações físicas no laboratório, demanda já encaminhada ao Departamento de Administração.
“Soubemos da existência desse espectrofotômetro em uma reunião do Colégio de Dirigentes. A direção de Satuba informou que o equipamento estava parado há alguns anos e sinalizou a possibilidade de doação para algum campus que tivesse o interesse. Depois de conversar com docentes da área de Química, oficializamos nosso interesse por memorando e entramos na disputa pelo equipamento com outros dois campi”, relata Felipe Thiago.
Segundo o diretor-geral, para conseguir ser contemplado, o que pesou na argumentação do Ifal Penedo foi o fato de a unidade já ofertar o curso técnico em Química, nas modalidades integrado e subsequente ao ensino médio. “Além disso, estamos com a perspectiva de implantar o curso superior de Química Industrial, então é muito importante termos um equipamento desse porte em nosso campus”, finaliza.
(*) Equipamentos ainda não entregues pelos fornecedores ao Campus Penedo.