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Alunas e professor do Ifal Penedo recebem prêmio do quadro Educação no Trakto Show

Equipe atua em projeto intitulado Onda Limpa; evento também abriu espaço para outra ação extensionista do campus
por Lidiane Neves publicado: 26/09/2023 17h19, última modificação: 27/09/2023 13h43

No último fim de semana, Penedo sediou mais uma edição do Trakto Show. Em dois momentos distintos, o Instituto Federal de Alagoas (Ifal) foi destaque no evento voltado ao setor de empreendedorismo e tecnologia. No primeiro deles, as alunas do curso técnico em Meio Ambiente, Ana Julia Santos e Anne Karoline Freitas, e o professor Pablo Pinheiro subiram ao palco da Arena Trakto para receber premiações concedidas dentro do quadro dedicado à área educacional.

Segundo o idealizador do Trakto Educação, Tiago Silva, o quadro une duas categorias de prêmios: Boas Ideias Não Têm Idade e Professor de Impacto, que “surgiram para dar visibilidade, respectivamente, a estudantes e docentes que desenvolvem projetos e têm ideias inovadoras que envolvem criatividade, empreendedorismo, educação ambiental, em instituições públicas de ensino onde o Trakto Show tem suas edições”, explica o empreendedor social alagoano, conhecido como Mochileiro pela Educação.

Do Ifal Penedo, o projeto inscrito e premiado foi o Onda Limpa, que busca conscientizar, de forma lúdica, crianças e adolescentes da Escola Municipal Deputado João Beltrão Siqueira, localizada no povoado Pontal do Peba, na cidade vizinha de Piaçabuçu. A iniciativa está ainda na fase inicial de execução, mas já tem envolvido o público-alvo em atividades teóricas e práticas.

Ana Julia e Anne Karoline, bolsistas de extensão premiadas pelo desenvolvimento do projeto Onda Limpa.“Começamos no início de setembro e serão ao todo cinco meses de projeto. A cada mês, vamos trabalhar com uma turma da escola, do 7º ao 9º ano, indo lá semanalmente para falar sobre os impactos ambientais do lixo, destacando a importância da preservação das praias e a problemática da poluição marinha”, detalha uma das bolsistas do projeto de extensão, Anne Karoline. A estudante acrescenta que a metodologia envolve oficinas para construção de material didático e a realização de campanhas de limpeza simbólica na praia do Pontal do Peba.

Sobre a conquista do prêmio, ao lado da colega Ana Julia, a aluna destacou que o sentimento é de felicidade e de grande satisfação. “É um reconhecimento de que nosso projeto está dando certo e esperamos que ele alcance cada vez mais, que se amplie e, quem sabe, seja levado para outras escolas e tome outros rumos”.

Para Ana Julia, a premiação é ainda mais especial. A escola onde a ação acontece foi uma sugestão da jovem de 17 anos, por residir no Pontal do Peba, ter sido aluna da unidade de ensino municipal e hoje querer proporcionar às crianças que lá estudam caminhos para o despertar do senso de responsabilidade ambiental e o desenvolvimento de práticas sustentáveis.

“A praia do Peba fica numa região abrigada por uma Área de Proteção Ambiental (APA) e sei o quanto é importante levar educação ambiental para as crianças do povoado. Então, é muito gratificante ver que nosso projeto chegou em um lugar tão longe”, contextualiza a estudante, referindo-se ao evento Trakto Show Penedo, que atraiu um público de diversas cidades alagoanas e até de fora do estado.

Além das duas bolsistas, a equipe do projeto Onda Limpa é formada pelas voluntárias Brenda dos Santos Silva, Manuelly Teodoro Silva, Maria Beatriz Gomes de Oliveira e Maria Grazielly Teodoro Silva, todas alunas do 3º ano do curso técnico em Meio Ambiente integrado ao ensino médio. No vídeo exibido durante a premiação, Ana Julia e Anne Karoline contam mais detalhes sobre a iniciativa de extensão (veja o link no final da matéria).

Professor de Impacto

Vídeo exibido destaca a trajetória do professor Pablo Pinheiro.Orientador do projeto premiado, o professor Pablo Pinheiro também foi contemplado com o troféu Professor de Impacto. Docente de Biologia e com atuação na área técnica da formação em Meio Ambiente do Ifal Penedo, Pablo trabalha no campus desde a sua implantação, em 2010.

“São 20 anos de magistério, 13 deles no Ifal. Desde então, venho desenvolvendo várias ações de extensão, de pesquisa e de ensino com metodologias ativas, que são fundamentais e têm tudo a ver com o que o Trakto está propondo: educação que transforme a vida das pessoas e que torne os alunos protagonistas. Ter esse reconhecimento pelo meu trabalho é uma honra, então eu me sinto muito feliz e grato”.

O evento também premiou a professora da rede municipal, Janecleia Neves, que é egressa do extinto curso técnico em Açúcar e Álcool do Ifal Penedo.O docente coordenou por cinco anos o curso técnico em Meio Ambiente e hoje está à frente da Coordenação de Extensão. Pablo contou um pouco de sua trajetória e motivações como professor também em vídeo exibido durante a premiação no palco Arena Trakto (veja o link no final da matéria). O quadro também premiou a professora da rede municipal de Penedo, Janecleia Neves, que é egressa do extinto curso técnico em Açúcar e Álcool do Ifal Penedo, formou-se em Ciências Biológicas com mestrado em Ensino de Ciências e Matemática pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal).

Palco Velho Chico

Apresentação do projeto "Transformando cozinha em sabão" pela professora Elisangela Santos.No mesmo dia da entrega do prêmio (domingo, 24), em outro palco do Trakto Show Penedo, o campus do Ifal na cidade teve espaço para apresentar uma outra iniciativa de extensão. O projeto é o “Transformando cozinha em sabão”, que teve início em agosto deste ano, sob a orientação da professora de Química, Elisangela Santos.

Na ocasião, ela apresentou como funciona a ação voltada para estudantes do 9º ano do ensino fundamental e da 3ª série do ensino médio de escolas de Penedo. O objetivo do projeto é ensiná-los a colocar em prática uma alternativa sustentável ao descarte do óleo de cozinha usado. Jogado de forma inadequada, trata-se de um produto que pode causar grandes transtornos ao meio ambiente.

A professora Elisangela Santos com as bolsistas Beatriz Gomes e Evellyn Wany e o voluntário Miguel Silva.Para a transformação do óleo em sabão, a equipe trabalha com apenas outros dois ingredientes: água e soda cáustica, substância corrosiva manuseada com todos os devidos cuidados. Nas interações, o grupo que executa o projeto aproveita para alertar e orientar o público-alvo sobre o assunto. Depois de pronto, o sabão produzido pode ser usado como material de limpeza. “Dá para lavar roupas e louça, por exemplo”, completa uma das bolsistas, Beatriz Gomes, do curso de Meio Ambiente. A outra bolsista é a aluna Evellyn Wany e o projeto ainda conta com o estudante Miguel Silva como voluntário. Ambos cursam o técnico em Química integrado ao ensino médio.