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8 de março: violência contra mulher e luta por direitos marcam discussões no Ifal Penedo

A programação alcançou os três turnos de funcionamento do campus, tendo como público-alvo estudantes e pessoas que trabalham na unidade de ensino.

publicado: 09/03/2017 10h35, última modificação: 09/03/2017 16h07

Criado em referência ao histórico de luta pelos direitos femininos, o Dia Internacional da Mulher (8 de março) foi lembrado no Ifal Penedo com atividades organizadas pelo Grupo de Pesquisa em Gênero e Sexualidade (Gênese) e Grupo de Estudos de Humanas do Brasil Contemporâneo. A programação alcançou os três turnos de funcionamento do campus, tendo como público-alvo estudantes e pessoas que trabalham na unidade de ensino.

Formado por estudantes e técnicas administrativas do Ifal Penedo, o Gênese realizou uma intervenção, dando destaque a uma das formas mais cruéis de violação à integridade e à dignidade humana das mulheres: a violência física e psicológica. Desde as primeiras horas da manhã de quarta-feira (8), foram espalhados nos corredores da instituição envelopes com depoimentos reais de vítimas. Como parte da atividade, o grupo também apresentou uma performance relacionada ao tema, durante os intervalos das aulas.

No auditório, a programação aconteceu sob a coordenação do Grupo de Estudos de Humanas do Brasil Contemporâneo. Foram realizadas palestras e mesas redondas sobre como a mulher é vista na sociedade, discursos dos movimentos feministas e antifeministas, igualdade de direitos, mulheres na ciência, entre outros temas. Além de docentes do Campus Penedo, as discussões envolveram a participação de pesquisadoras das universidades federais de Alagoas (Ufal) e de Sergipe (UFS).

No turno da manhã, Ariane Sampaio, da UFS, e Luzia Dalila Santos, da Ufal, trouxeram trabalhos com foco na análise de discursos que representam a forma como a figura feminina é vista pela sociedade de modo geral e por movimentos feministas e contrários a eles. Houve destaque para o uso das redes sociais como espaços de construção de poder por permitirem a ampliação do alcance dos debates sobre os direitos das mulheres, antes restritos ao ambiente acadêmico.

Atividades do Dia Internacional da MulherPara tratar da construção de esteriótipos femininos, Luzia Dalila apresentou um vídeo que circulou na internet, no qual o ex-prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, faz afirmações em público relacionadas a uma mulher negra. Segundo a pesquisadora, o discurso analisado denota uma visão machista e racista. O fato aconteceu em 2016, quando o então gestor aparece entregando a chave de uma casa popular à mulher. A pesquisadora também mostrou como a mídia repercutiu o caso.

À tarde, as discussões foram realizadas pelas professoras do Ifal Penedo, Andrea Macleybiane Tavares (Química), Gisele Oliveira de Lima (História) e Thaline Fontenele (Filosofia). Andrea fez um resgate da história do 8 de março e apresentou figuras femininas de destaque no desenvolvimento da ciência, desde a antiguidade até os tempos atuais, passando pelas contribuições de Marie Curie (1867-1934), uma das maiores cientistas de todos os tempos, primeira mulher ganhadora do prêmio Nobel e única a recebê-lo em duas ciências distintas (Física e Química).

As docentes Thaline e Gisele falaram sobre as lutas pela igualdade de direitos, citando a greve geral liderada por movimentos feministas de diversos países e cuja maior motivação é a violência contra a mulher. Sobre maternidade, a professora Gisele explicou as diferenças entre esse termo, que designa a condição física das mulheres de ser mãe, e a maternagem, que representa o “ser mãe” por uma escolha, uma decisão de dedicação à maternidade por amor. 

Para conferir mais fotos das atividades no Dia Internacional da Mulher, acesse a página do Ifal Penedo no Facebook.