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Campus Marechal inaugura nesta quarta-feira Núcleo de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas

Neabi Ayó tem participação de servidores e estudantes

por Acássia Deliê publicado: 30/07/2019 17h29, última modificação: 30/07/2019 18h49

É lei. O ensino sobre história e cultura afro-brasileira é obrigatório em todas as escolas de ensinos Fundamental e Médio no país. Essa é uma das premissas para a criação dos Neabis, os Núcleos de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas, no Instituto Federal de Alagoas (Ifal). No Campus Marechal Deodoro, o Neabi recebeu o nome de "Ayó" e será inaugurado nessa quarta-feira (31), das 10h às 16h, com uma programação de palestras e premiações.

A inauguração terá palestras pela manhã, com o professor Zezito Araújo, da Secretaria de Estado da Educação de Alagoas, e pela tarde, com o professor Leandro Rosa, do Instituto do Negro de Alagoas (Ineg). Nos dois turnos, haverá apresentação do Coral Por Em Canto, regido pelo professor Leonardo Arecippo e a entrega das premiações de primeiro, segundo e terceiro lugares no concurso que escolheu o símbolo do Neabi Ayó. 

A abertura do evento será feita pela coordenadora do Neabi Ayó, professora Ana Lady da Silva. Ela explica que o núcleo já está trabalhando com duas linhas de pesquisa no Campus Marechal Deodoro, uma sobre feminicídio negro e outra sobre a cultura alagoana de origem negra e indígena. Além disso, o grupo já planeja viagens à Serra da Barriga com estudantes, a retomada do projeto Maracutaia D'Água e uma série de intervenções na escola, como oficinas de turbante, fotografia e dança. E também está aceitando doações de livros e artesanatos com essas temáticas.

"Queremos estimular os estudantes a refletirem sobre suas origens e identidades negras e indígenas e a terem orgulho de ser o que somos, afrobrasileiros, indígenas, afroindígenas, alagoanos." - profa. Ana Lady

"Queremos ser um ponto de apoio para discutir questões sobre indígenas e afro-brasileiros. E sugestões são bem-vindas. Acima de tudo, queremos estimular os estudantes a refletirem sobre suas origens e identidades negras e indígenas e a terem orgulho de ser o que somos, afrobrasileiros, indígenas, afroindígenas, alagoanos. Que compreendam a importância dos povos africanos e indígenas para a formação do Brasil, na cultura, nas artes, nas linguagens, em tudo o que temos de belo e bonito hoje", diz Ana Lady.

O que é o Neabi?

Os Núcleos de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas foram institucionalizados no Ifal pela resolução 29/2018. O documento, publicado em dezembro do ano passado, determina a constituição de um Neabi em cada campus do Ifal, como um setor propositivo e consultivo que estimule e promova ações de Ensino, Pesquisa e Extensão, orientadas à temática das identidades e relações étnico-raciais, especialmente quanto às populações afro-brasileiras e indígenas, no âmbito da instituição e em suas relações com a comunidade externa.

O Neabi Ayó

Ayó significa alegria em iorubá, língua de origem nígero-congolesa. O nome foi escolhido em uma das primeiras reuniões do grupo no Campus Marechal Deodoro. "Nosso grupo é mais que luta, é mais que estudos, ele representa a alegria dos nossos povos originários", explica Ana Lady.

Também fazem parte do núcleo os professores Fabrício Tavares, Thiago Bianchetti, Paulo Aparecido Cavalcante, Tazio Zambi, a professora Elaine Rapôso, a assistente social Evelyn Cavalcante, o coordenador do Núcleo de Assistência a Pessoas com Necessidades Específicas do campus, Tomás Gustavo, e a coordenadora de Assistência Estudantil do campus, Deise Mendes, além de 19 estudantes.