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Campus Marechal Deodoro volta ao Ministério Público para reivindicar transporte intermunicipal

Outras questões como assaltos no entorno da escola e violência doméstica também foram debatidas

por Acássia Deliê publicado: 03/04/2019 18h22, última modificação: 03/04/2019 18h23
Exibir carrossel de imagens Equipe do Ifal reunida com a promotora Amélia Campelo

Equipe do Ifal reunida com a promotora Amélia Campelo

O Instituto Federal de Alagoas (Ifal) - Campus Marechal Deodoro voltou ao Ministério Público, na tarde desta quarta-feira (3), para pedir nova intervenção sobre o serviço de transporte intermunicipal entre Marechal Deodoro e Maceió. Estudantes e servidores que precisam se locomover entre os dois municípios reclamaram à direção do campus que os horários de chegada e saída dos ônibus não vêm sendo cumpridos, prejudicando as atividades escolares.

Atualmente, o serviço é prestado pela empresa Expresso Metropolitano e regulado pela Arsal (Agência Reguladora de Serviços Públicos de Alagoas). Em 2016, o mesmo problema foi investigado pelo Ministério Público de Marechal Deodoro, resultando na substituição da empresa Real Alagoas, antiga responsável pelo serviço. Agora, a situação volta a afetar estudantes e moradores da região.

"Nossos alunos relatam que precisam sair das aulas muito mais cedo para conseguirem voltar pra casa. E, mesmo assim, em alguns períodos do dia, o serviço de transporte intermunicipal é inexistente, segundo eles. É uma situação externa à escola, mas que interfere diretamente no rendimento dos estudantes e a instituição não pode se omitir", disse o diretor-geral em exercício no Campus Marechal Deodoro, Éder Souza.

Também participaram da reunião as professoras Elaine Rapôso e Lídia Fabiana e o professor Rodrigo Lucena, além de duas moradoras de Marechal Deodoro, mães de jovens que estudam em Maceió e também são afetados pela falta de transporte intermunicipal.

De acordo com a promotora de Justiça Amélia Campelo, o primeiro passo será estudar o processo aberto em 2016. "Junto com a promotora Maria Aparecida Carnaúba, que é a titular da 1ª promotoria de Marechal Deodoro, vou verificar o histórico da situação e analisar a possibilidade de uma ação civil pública para apurar a situação e cobrar providências aos responsáveis", explicou a promotora.

O Ministério Público também se propôs a intermediar o diálogo com a Prefeitura de Marechal Deodoro para melhorar o serviço de transporte municipal oferecido a estudantes dos cursos noturnos do Ifal. Hoje, as aulas precisam ser encerradas mais cedo que o normal para que os alunos possam voltar para casa.

Assaltos em Marechal Deodoro

Outro assunto levado pela direção do Campus Marechal Deodoro foi o registro de assaltos sofridos por estudantes no entorno da escola, localizada no bairro Poeira. Quatro casos foram informados à direção pelos alunos no último mês. A promotora Amélia Campelo informou que marcará uma audiência com o comando da 5ª Companhia Independente para solicitar reforço da segurança pública na área.

Abuso sexual e violência doméstica

Ainda durante a reunião, a direção pediu orientações ao Ministério Público sobre como proceder diante de casos de violência doméstica e abusos sexuais relatados por estudantes dentro do ambiente familiar. A promotora Amélia Campelo esclareceu que todos os relatos devem ser informados imediatamente ao próprio Ministério Público e ao conselho tutelar do município de origem das estudantes. "Essas jovens precisam ser protegidas, então os casos suspeitos, ainda que não sejam confirmados, devem ser comunicados oficialmente para que os fatos sejam apurados", disse a promotora.