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Mulheres Mil entrega 49 certificados do curso de Agricultor Orgânico
Evento contou com a participação de familiares das estudantes, representantes da Emater, da prefeitura de São Luís do Quitunde e do Ifal
Pátio da escola municipal ficou lotado durante a solenidade, na cidade de São Luís do Quitunde
O Programa Mulheres Mil entregou, nesta quarta-feira (26), certificados de conclusão do curso de Agricultor Orgânico a 49 mulheres do município de São Luís do Quitunde, região Norte de Alagoas. A iniciativa - desenvolvida pelo Instituto Federal de Alagoas - visa promover a formação profissional e tecnológica e o aumento da escolaridade do público feminino em situação de vulnerabilidade social.
A solenidade de entrega dos certificados às estudantes começou por volta das 15h, nas escola municipal do assentamento Sílvio Viana, zona rural de São Luís do Quitunde. O evento contou com a presença de moradores da localidade, familiares das concluintes, representantes da prefeitura da cidade, do Instituto de Inovação para o Desenvolvimento Rural Sustentável de Alagoas (Emater) e servidores do Instituto Federal de Alagoas.
Uma das professoras do curso de Agricultor Orgânico, Mônica Porto, destacou em seu discurso que o Mulheres Mil não só promove a capacitação do seu público, mas também incentiva o empoderamento feminino. “Como mulher, fico feliz em ver vocês estarem no local em que escolheram estar ( isso inclui a produção de alimentos orgânicos ) porque são fortes, persistentes e admiráveis”, enfatizou a professora, que representou o Campus Maragogi, no evento.
Claudineia Pereira da Silva, 52 anos, foi uma das alunas do assentamento Bom Conselho que receberam o certificado de conclusão. Para ela, o maior aprendizado na sala de aula foi entender a importância da produção saudável de alimentos. “Comemos muita comida contaminada por agrotóxicos e precisamos ter essa consciência de que cuidar da saúde é cuidar da alimentação. As aulas fizeram a gente despertar esse olhar”, comentou.
Para Alessandra Guedes da Silva (foto acima), 32 anos, do assentamento Catucá, a experiência da sala de aula foi ainda mais benéfica. O contato com professores, colegas de turma e com a prática profissional evitou que ela entrasse numa depressão. “Eu só vivia deitada em casa, falava pouco. Quando comecei a ir às aulas, conheci várias pessoas e aprendi muita coisa. Hoje planto alface, tomate e cebolinha, em minha horta”, contou ao acrescentar que agora já conversa bem com as pessoas e não se sente mais triste.
O último discurso da solenidade foi o do pró-Reitor de Extensão do Ifal, Gilberto Gouveia Neto, o qual destacou que as alunas também adquiriram conhecimentos de ética, empreendedorismo e do papel feminino na sociedade. “Elas tiveram muitas conquistas - agora são mais independentes - e, por isso, temos certeza de que estão saindo do curso de uma forma bem diferente de como entraram nele. Isso é motivo de grande alegria para nós”, destacou. O pró-Reitor informou que o Ifal solicitou 2592 vagas ao governo federal para expansão do Mulheres Mil, em Alagoas. Até agora, o programa recebeu 288 vagas no primeiro ciclo e outras 519, no segundo.