Expressão corporal inspirada em elementos da natureza

Movimentos corporais inspirados na fluidez da água, na leveza do ar, na força e peso da terra e na energia do fogo. Assim se desenvolve a oficina de dança do coreógrafo Emerson Kennedy do Nascimento com estudantes do Instituto Federal de Alagoas, campus Maragogi. A ideia dele é permitir que os alunos vivenciem diferentes sensações no corpo na hora de entrar em cena para execução de coreografias.

“A gente acaba mecanizando nosso corpo para aqueles movimentos e não exploramos outros que temos condições de fazê-los. Venho com essa proposta de desmecanização”, explica Emerson Kennedy. O primeiro passo é a apresentação da ideia aos participantes em uma roda de conversa. Em seguida, ele detalha o que cada elemento da natureza tem a ensinar na dança. Estudantes entendem as características da água, vento, terra e fogo para senti-las em movimentos maleáveis de baixar e levantar os braços e explosivos e de força nas costas e nos ombros.

As oficinas também ajudam os dançarinos na hora da improvisação de palco. “O elemento é o condutor desse improviso. Quando é leve, sugiro o ar. A gente vai explorar leveza dentro do que o meu corpo tem de registro desse tipo de movimentos e a partir daí colocá-lo em ação, por exemplo”, cita. Formado na escola técnica de Artes da Universidade Federal de Alagoas, Emerson Kennedy se divide entre conduzir um balé e participar de um grupo de teatro, no município de Matriz de Camaragibe.

Por conta do cancelamento do espetáculo Auto de Natal devido à falta de recursos financeiros para custeio das despesas com figurino, cenário, ensaios noturnos e deslocamento de pessoal, os integrantes do grupo decidiram realizar oficinas de música, dança e teatro para montagens de pequenas apresentações dentro e fora do campus Maragogi ao longo desse ano, conforme o professor de Artes, Ricardo Araújo.

“Estamos querendo criar um pastoril com crianças de escolas da região, já a turma do teatro está caminhando com a proposta de montar o ‘a vida de Galileu’ e convidar alunos para assistir à peça em nosso auditório, pois queremos a comunidade dentro do campus”, afirma. Nesse ano, na parte musical, foi realizado o Music Ifal, que contou com show individuais e de grupos formados por alunos do campus e de outras escolas da região.