Projeto usa Laboratório de Química para estimular o empreendedorismo no Ifal Coruripe

Quem foi ao 4º Festival de Arte do Instituto Federal de Alagoas (Ifal), na cidade de Penedo, entre os dias 4 e 6 de dezembro, entrou em contato com lindos vasos de plantas fabricados por estudantes de Coruripe. Ao serem expostos e facilmente vendidos, o público presente era logo informado que aqueles produtos eram frutos de um projeto que busca desenvolver a consciência empreendedora entre os estudantes da instituição, o "Laboratório de Química Empreendedor".

Iniciado em setembro de 2024 e estimulado por um dos professores de Química do Campus Coruripe, Kleyfton Soares ficou à frente do projeto que busca dar oportunidade de aliar conhecimentos voltados a recuperação da aprendizagem de química ao empreendedorismo, entre estudantes do 1º ano dos cursos integrados em Edificações e Mecânica.

“Ao longo do projeto, os estudantes participaram de oficinas voltadas para a fabricação de vasos de plantas artesanais, utilizando cimento e isopor, luminárias confeccionadas com materiais acessíveis, uma atividade desenvolvida em colaboração com a professora Cinthia Freitas, e a preparação de produtos de limpeza como desinfetantes, detergentes e amaciantes. Além disso, os participantes tiveram aulas de empreendedorismo, onde aprenderam a calcular os custos de produção, entendendo como transformar o conhecimento químico em uma oportunidade de negócio”, detalha Kleyfton.

Para o docente, um dos pontos altos foi a participação deles 4º Festival de Arte do Ifal. “Durante o evento, todos os vasos de plantas fabricados foram expostos e vendidos. A experiência proporcionou aos estudantes a chance de aplicar os conceitos aprendidos, bem como interagir com o público, desenvolvendo habilidades de comunicação, marketing e gestão financeira”.

Os materiais e reagentes utilizados foram doados pelos docentes participantes. O valor simbólico arrecadado foi utilizado na manutenção do projeto. Kleyfton acrescenta que a colaboração interdisciplinar foi um diferencial.

“Além de explorar a composição química dos produtos fabricados, o projeto envolveu sustentabilidade, arte e negócios”, observa o coordenador da iniciativa, que faz parte da Seleção de Projetos de Ensino para a Recuperação da Aprendizagem da Educação Básica”, do Edital nº 08/2024, lançado pela Pró-reitoria de Ensino.

“O projeto foi essencial para que os estudantes pudessem enxergar a química como uma oportunidade de negócio. Eles aprenderam fundamentos químicos e como aplicar esse conhecimento de maneira prática e empreendedora. Foi uma experiência transformadora, tanto para os participantes diretos quanto para todos que acompanharam os resultados,” destacou Kleyfton.