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Professora de Arapiraca lança obras na Bienal do Livro de Alagoas

Uma das pesquisas discute o papel da leitura na aprendizagem de disciplinas técnicas
por Elaine Rodrigues publicado: 21/08/2023 17h18, última modificação: 21/08/2023 17h23
Adriana Nunes e suas obras na Bienal de Alagoas

Adriana Nunes e suas obras na Bienal de Alagoas

A professora Adriana Nunes, do Instituto Federal de Alagoas (Ifal), Campus Arapiraca, esteve nesse final de semana na Bienal do Livro de Alagoas. Ela fez o lançamento de duas obras, resultados de pesquisas realizadas nas áreas de Literatura e Educação.

O primeiro livro é Entre a História e a Modernidade: uma análise de Ninho de Cobras, de Lêdo Ivo. “Como eu não sou alagoana, eu sentia necessidade de estudar literatura alagoana. Então, me apaixonei pela escrita de Lêdo Ivo, que faz uma literatura de resistência, sem ser óbvio. Ele usa alegoria, metáfora, ironia romântica para discutir o autoritarismo do período militar, ambientando a história em Maceió”, explicou.

A obra de Adriana Nunes é um convite para que o leitor faça uma releitura mais atenta de Lêdo Ivo. “Ler, reler a obra, encontrar essas questões e talvez encontrar mais coisas. A literatura tem disso, é multifacetada e cada um vai pensando a obra de uma forma diferente”, destacou Adriana.

Leitura e cursos técnicos

O outro livro é resultado da pesquisa de doutorado de Adriana, realizada no âmbito do Instituto Federal de Alagoas. Leitura e Prática Pedagógica no Ensino Médio Integrado discute o papel da leitura no ensino das disciplinas técnicas. “É uma pesquisa ligada à área de Educação e Linguagens, de Linguística Aplicada, mas feita com engenheiros que dão aula no Instituto Federal. Para descobrir como a leitura interfere na aprendizagem dos discentes.

Adriana parte do princípio de que todo professor é agente de letramento, então reflete como a leitura pode se inserir na prática pedagógica do docente para facilitar a aprendizagem de disciplinas técnicas. “Embora todos acreditassem que usavam a leitura, eles, na verdade, desconheciam o que era letrar, o que era letramento e como a leitura poderia ser facilitadora”, registrou Adriana.

Ela ainda destacou que a pesquisa concluiu que é necessário ampliar esse contato nas salas de professores para que as áreas de Formação Geral e as coordenações de cursos técnicos se relacionem mais. Um dos exemplos é o professor de Português trabalhando em conjunto com um professor da área técnica, para melhorar a compreensão dos textos técnicos. “A partir do momento em que o discente descobre que o gênero acadêmico tem uma determinada constância, tem determinados modalizadores, ele vai conseguir compreender melhor o texto e aprender melhor a disciplina”, finalizou a professora.