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Oficinas, cinema e arte marcam Semana da Consciência Negra e Indígena do Ifal Arapiraca

Professores orientaram a reflexão e atividades foram propostas pelos próprios estudantes

por Elaine Rodrigues publicado: 26/11/2018 16h35, última modificação: 26/11/2018 16h35

“Se a gente perguntar para as pessoas se existe racismo, se existe indiferença com alguns grupos, todos vão dizer que sim. Mas quando a gente pergunta se você é racista ou discrimina algum grupo, todos vão dizer que não”. A reflexão é da professora Adriana Santana, presidente da comissão organizadora da VI Semana da Consciência Negra e Indígena do campus Arapiraca. Durante a última semana, várias atividades foram realizadas na instituição, com o objetivo de discutir e analisar essas e outras questões referentes à cultura brasileira.

Os professores que integram a comissão orientaram a reflexão sobre os temas e as atividades foram propostas pelos próprios alunos. Os intervalos de quarta-feira a sexta-feira contaram com apresentações artísticas e exibição de videoclipes sobre a questão. No sábado, foram realizadas oficinas, apresentações artísticas e exibidos filmes.

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“Essa é a sexta edição da Semana da Consciência Negra e Indígena. Inicialmente era só Consciência Negra, mas a gente sentiu a necessidade e a importância de trabalhar também a questão indígena, que às vezes torna-se ainda mais invisível do que a questão negra, pelo próprio processo de genocídio e de invisibilidade que esses grupos étnicos foram submetidos. Nós temos muitos alunos também de origem indígena, muitos alunos negros e é importante que eles possam tomar um papel, o protagonismo, e se reconhecerem enquanto sujeitos de direitos”, afirma o professor Lucas Menezes.

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Outro aspecto trabalhado durante o evento foi a participação dos alunos dos primeiros anos, que ficaram à frente da maior parte das atividades realizadas nos intervalos das aulas. “Os alunos dos primeiros anos chegam muito envergonhados, eles têm muita dificuldade de se apresentar em público. E isso repercute na pesquisa, na extensão. Não é fácil para eles estarem ali na frente, mas é uma forma deles perderem a inibição e verem que têm condições também de proporem as atividades, que não devem partir só do professor, da instituição”, explica a professora Adriana.

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E as atividades extraclasse também são essenciais para o aprendizado dos estudantes. Vitória Leite da Silva, aluna do primeiro ano de Eletroeletrônica, conta que para a apresentação do Maculelê, a turma pesquisou as danças africanas e teve que aprender a coreografia. “Nunca tinha ouvido falar, então pesquisamos a dança africana e como a gente iria se caracterizar”.

E durante a organização da atividade, veio também uma lição sobre o preconceito. “Iria ser todo mundo negro na dança, mas a gente decidiu colocar pessoas brancas pela diversidade, para respeitar também a cor do outro. Não precisa ser todo mundo negro, não precisa ver só a cor da pele. Serviu também par a gente aprender a respeitar a cor, a cultura, a raça das outras pessoas”, finaliza a estudante.

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A comissão de organização da Semana da Consciência Negra e Indígena foi composta pelos professores Adriana Santana, Lucas Menezes, Igor Augusto, Sante Scaldaferri, José Carlos Pessoa e Rodrigo Abrahão. No sábado, as atividades foram encerradas com a apresentação cultural do grupo Pérolas Negras, da comunidade quilombola do Pau d’Arco, e a apresentação musical da ex-aluna Naty Barros.

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