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Proposta do Ifal Arapiraca é aprovada na Escola Nacional Nego Bispo e oferta 20 vagas no curso de extensão AGÔ
Inscrições estão abertas até 19/12 na formação sobre saberes afro-brasileiros e educação linguística contra-colonial
O Instituto Federal de Alagoas – Ifal Campus Arapiraca foi contemplado no Edital IFBA nº 41/2025, que selecionou propostas de cursos de extensão no âmbito da Escola Nacional Nego Bispo de Saberes Tradicionais. Trata-se de um programa do Ministério da Educação focado em integrar saberes de povos indígenas, afro-brasileiros e quilombolas ao currículo escolar.
Conforme o resultado final, divulgado no dia 4 de dezembro, foram 100 iniciativas aprovadas em todo o país. Entre elas, consta o projeto “AGÔ – Saberes Afro-Brasileiros na Formação de Professores de Língua Portuguesa para uma Educação Linguística Contra-Colonial”, coordenado pelo professor Danillo da Conceição Pereira Silva, líder do Nexus Lab – Laboratório de Linguística Aplicada e Sociedade (IFAL/CNPq).
A proposta nasceu do diálogo com a Comunidade Quilombola Pau d’Arco, situada em Arapiraca/AL, e contou com a parceria direta da líder quilombola e gestora da Política Nacional de Equidade, Educação para as Relações Étnico-Raciais e Educação Escolar Quilombola em Arapiraca, professora Laurinete Basílio.
"A ideia surgiu de diálogos anteriores estabelecidos com a comunidade nas atividades do Programa de Bolsas de Iniciação à Docência (Pibid), onde minha equipe de bolsistas atuou na Escola de Ensino Fundamental Professor Luiz Alberto de Melo, no curso do projeto 'Vozes da ancestralidade: oralidade, escrita e memória em uma escola quilombola'. A intenção agora é aproximar a formação de professores de Língua Portuguesa no Campus Arapiraca da realidade cultural e linguística do território onde ela está inserida", detalhou Danillo da Conceição.
A equipe executora do projeto inclui ainda o professor da rede estadual e egresso do Ifal José Raimundo Pereira de Souza e as estudantes da Licenciatura em Letras do campus, Emilly Martins e Fernanda Soares.
A aprovação no edital assegurou R$41.600,00 em financiamento. Segundo o coordenador do AGÔ, os recursos serão empregados no pagamento de bolsas à equipe executora e aos participantes do curso, no custeio de atividades pedagógicas e na produção de materiais didáticos e científicos, de acesso público e gratuito, destinados à promoção da educação antirracista na Educação Básica.
Para o pró-reitor de Extensão do Ifal, Gilberto Gouveia Neto, essa conquista fortalece a extensão como espaço de diálogo, formação crítica e integração com as comunidades tradicionais.