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Do Ifal para o Ifal: a história de estudantes que se tornaram servidores da instituição

Carlos Victor Pereira, Irineu Ferreira Júnior e Wagner Bispo deixaram as salas de aula e hoje trabalham no campus em que estudaram

por Elaine Rodrigues publicado: 27/02/2018 12h12, última modificação: 27/02/2018 13h43

A passagem pelo Instituto Federal de Alagoas é um marco na vida escolar e profissional de muitos estudantes. Mas para três deles, do campus Arapiraca, os quatro anos de estudo serviram de motivação para continuar no Ifal e no mesmo campus. Eles estudaram para o concurso público e hoje são servidores públicos federais.

Carlos Victor Pereira, Irineu Ferreira Júnior e Wagner Bispo ingressaram no Ifal pelo Exame de Seleção. Wagner Bispo foi da turma de Informática de 2012. Nos quatro anos de estudo, ele participou de Olimpíadas Brasileiras de Informática, Matemática, Biologia e de Foguetes. O Instituto Federal é reconhecido pelo apoio que dá aos alunos nessas competições nacionais e, com Wagner, não foi diferente. “O Ifal me ajudou bastante. Eu já gostava da área de Informática e com os estudos eu aprendi mais, me aperfeiçoei, formulei projetos e todas essas atividades me ajudaram para a vida”, contou.

Wagner Bispo ainda se destacou nos esportes. Participava dos jogos de handebol e basquete, ainda no Colégio São Francisco, umas das sedes temporárias do campus. No basquete, Wagner foi selecionado para integrar a equipe de Maceió. Na etapa Nordeste dos Jogos de Institutos Federais, a equipe conseguiu a terceira colocação. “Agora, como servidor, pretendo utilizar todo o conhecimento adquirido no Ifal para ajudar a instituição”, garantiu ele, hoje técnico em Informática do Ifal.

No ano de 2012 também ingressou no Ifal Arapiraca o aluno Irineu Ferreira Júnior, da turma de Eletroeletrônica. Morador da zona rural de Girau do Ponciano, Irineu precisava viajar cerca de uma hora para chegar na instituição. Mas a dificuldade não o atrapalhou. Irineu participou de um projeto de Biologia, conseguiu ouro na Olimpíada Brasileira de Astronomia, menção honrosa na Olimpíada Brasileira de Matemática e também participou das Olimpíadas de Física e Química. “Os professores divulgavam e incentivavam a gente na busca pelo aprendizado. Foi uma maravilha estudar aqui, tive um bom ensino e foi melhor ainda quando consegui passar no concurso para trabalhar no Ifal. Já pensava nisso antes, já era uma meta”, revelou o técnico em Eletroeletrônica.

Irineu foi empossado em novembro de 2017, mas antes disso deu o segundo passo no Ifal. Ele ingressou no curso de Sistemas Elétricos, em 2016, em Palmeira dos Índios. A aprovação veio pelo Enem e era justamente a área almejada por Irineu quando terminou o curso técnico integrado. Atualmente, falta cerca de um ano para o fim do curso e Irineu Ferreira Júnior pensa em fazer um mestrado ou uma especialização na área de Biomedicina. Ah, e o desejo dele é continuar os estudos em um Instituto Federal. “Quero ser um pesquisador do ramo da Eletrônica Biomédica, um pesquisador que contribua para o bem-estar da sociedade e também da natureza. É importante cuidar do meio ambiente e ensinar as pessoas a fazerem isso”, reforçou Irineu.

Wagner, Carlos e Irineu em um dos laboratórios do campus

O terceiro estudante que deixou o Ifal e ingressou na instituição novamente foi empossado em janeiro de 2018. Carlos Victor Pereira é o servidor efetivo mais novo do campus. Ele entrou no Ifal na turma de Eletroeletrônica de 2013. Se formou em 2016 depois de experiências com projetos de extensão, monitoria, medalhas de bronze nas Olimpíadas Brasileiras de Astronomia e de Física, menção honrosa na Olimpíada de Biologia e participação na disputa de Química.

O foco nos estudos ajudou bastante na disputa por uma vaga no Ensino Superior. Carlos conseguiu passar para os cursos de Medicina, na Uncisal, o que atualmente cursa; Engenharia Civil, pelo Ifal; Engenharia Elétrica, em Campina Grande; Engenharia do Petróleo, pela Ufal; Engenharia Mecatrônica; e Odontologia, na Unit. “O Ifal foi o transporte que me levou a todas essas conquistas. O mediador para alcançar essas metas. Agora sou um profissional aqui na instituição, não mais um aluno, mas um colega de trabalho de tantos professores que me ajudaram, que se tornaram amigos. Agora, como servidor, é ainda mais gratificante”, ressaltou Carlos, que é técnico de Eletroeletrônica do campus Arapiraca.

Gratidão é um sentimento presente na conversa com os três novos servidores. E eles prometem empenho para ajudar os alunos do campus que estão iniciando essa jornada em busca de conhecimento.